Escrito por: Rogério Hilário, com informações da ALMG

Assembleia Legislativa homenageia a CUT/MG pelos 40 anos de fundação

Reunião se transformou em celebração da importância da Central na história do movimento sindical, nas lutas pelos direitos, conquistas e na organização da classe trabalhadora,

Rogério Hilário

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) recebeu, na tarde desta quinta-feira, 14 de dezembro, diploma com votos de congratulações pelos 40 anos de fundação, em reunião da Comissão de Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, presidida pelo deputado estadual Betão (PT) da Assembleia Legislativa (ALMG), realizada no Plenarinho II. A homenagem foi requerida pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), primeira mulher a presidir a Central, no período de 2012 a 2019. O diploma foi entregue pela parlamentar ao presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho.

Na realidade, a reunião se transformou em celebração da importância da Central na história do movimento sindical, nas lutas pelos direitos, conquistas e na organização da classe trabalhadora, dos setores privado e público, contra um inimigo comum e na defesa da democracia. Se manifestaram representantes dos sindicatos e da direção CUTistas, de entidades da Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, vitoriosa no embate contra projeto de Regime de Recuperação Fiscal do governador Romeu Zema, o superintendente Regional do Ministério do Trabalho, Carlos Calazans, o deputado estadual Professor Cleiton (PV) e o vereador, por Belo Horizonte, Bruno Pedralva (PT).

“Ninguém completa 40 anos de existência com tal importância sem que não tenha sempre estado no protagonismo das lutas neste país. As bandeiras da CUT já apareciam na campanha das ‘Diretas Já’, nos anos 1980. Nos enfrentamentos aos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. A CUT sempre foi fundamental para combater as tentativas de acabar com a luta sindical no país. A CUT foi um divisor de águas do movimento sindical. Os jovens daquela época foram muito ousados. O que começou nos anos 1960, na luta contra a Ditadura Militar, construiu a organização da classe trabalhadora. Mesmo assim, a CUT só foi reconhecida pelo governo Lula”, disse Jairo Nogueira Filho.

“Meu histórico de lutas passou inicialmente pelo Sindieletro/MG, que tem 71 anos. Entrei para o sindicato em 1988 e nosso desafio era retirar os pelegos de lá. Em 1989, fizemos isso e nos filiamos à CUT. Com a CUT veio o novo sindicalismo. É com muito orgulho que presido a Central quando ela completa 40 anos. E de ter sido secretário-geral de duas gestões da Beatriz Cerqueira, que deixou um legado histórico na CUT. Beatriz foi uma revolução na Central, com grandes avanços.  Longa vida à CUT e à classe trabalhadora. Agora temos como desafio construir que tipo de governo nós teremos para o povo mineiro, que interesse à classe trabalhadora”, afirmou.

Gerais e em âmbito nacional, na sequência de greves de metalúrgicos no ABC Paulista e em João Monlevade, no Vale do Aço, em 1983. Na ocasião, foi criada uma comissão de organização do primeiro congresso da entidade, do qual surgiram a CUT-MG e as CUTs regionais no Estado.

A fundação da central em Minas teve participação destacada dos metalúrgicos, dos trabalhadores em educação, dos marceneiros e dos trabalhadores rurais.