Escrito por: MAB

Atingidos pelo crime da Vale apresentam reivindicações para empresa

Em assembleia, moradores cobram resposta de uma pauta emergencial exigida pela Comunidade de Parque das Cachoeiras

Brasil de Fato

Comunidade Parque das Cachoeiras se reuniu na terça-feira (5), em assembleia com moradores e membros de órgãos públicos, como defensoria e ministérios públicos estaduais e federais, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e representantes da Vale.

 Os atingidos cobram da Vale resposta de uma pauta emergencial exigida pela comunidade em reunião no domingo (3). A propostas debatidas foram de apoio financeiro emergencial inicial e mensal para os custos das famílias até que a situação de trabalho e vida se estabilizem. 

Representante da Vale na região afirmou que a empresa "precisa de mais informações sobre as pessoas afetadas pela lama para a empresa avaliar os pedidos". O Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB aponta que neste momento a Vale não deve realizar cadastramento das famílias que apontem as perdas após o crime, posicionamento apoioado pelo Ministério Público Estadual e Defensoria Pública.

 Tal definição já foi tomada judicialmente no dia 28 de janeiro, proibindo a empresa criminosa de realizar tal cadastramento. Os atingidos ficaram exaltados pela falta de respostas e pediram urgência aos orgão públicos para cobrar as repostas. 

Ao fim, a comissão apresentou nova proposta. Assessoria técnica especializada e independente, 1 salário mínimo por atingido, 50% por adolescente, 25% por criança e dependente + o valor da cesta básica.

A exigência da comunidade foi descrita em um documento que se chama TAP - Termo de acordo preliminar. Ele foi construído pelos Ministérios Públicos estadual e federal, Defensoria Pública, MAB, comissões de atingidos e Advocacia Geral do Estado. Nova audiência às 14 horas desta quarta-feira (6) debate o documento.