Escrito por: Rogério Hilário

Ato contra práticas antissindicais na Cemig reforça união contra Zema

Rogério Hilário

Em uma comprovação da consolidação da Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, que agrupa 27 entidades sindicais, movimentos populares e lideranças políticas e derrotou o projeto de regime de recuperação fiscal, e uniu todas as categorias dos servidores públicos e diversas do setor privado, foi realizado na manhã desta terça-feira, 22 de janeiro de 2024, um ato conjunto contra as práticas antissindicais da gestão Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) no governo de Romeu Zema (Novo).

A manifestação, que aconteceu na portaria da Cemig Distribuição localizada na Vila Magnesita/Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, denunciou a política que se repete há cinco anos para aniquilar as representações mais combativas da classe trabalhadora em Minas Gerais, especialmente do setor público.

Do ato, que foi conduzido pelo coordenador-geral do Sindieletro/MG, Emerson Andrada, participaram, entre outros, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG, Jairo Nogueira Filho; o presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região, Ramon Peres; Lina Rocha, presidenta do Sindicato dos Jornalistas (SJPMG); dirigentes do Sindimetro/MG, Sintect/MG, Sindágua, Sindipetro/MG, Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Sindep/MG, Sisipsemg, Sindicefet/MG, MAB, MTD, Levante Popular da Juventude, Coletivo Resistência, Movimento Brasil Popular, Movimento Negro Unificado; o vereador Bruno Pedralva (PT); representantes dos mandatos da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), deputado federal Rogério Correia, deputado federal Padre João (PT), entre outros.

A gestão de Reynaldo Passanezi Filho, numa evidente perseguição e retaliação às lutas da classe trabalhadora em defesa dos serviços públicos e contra o projeto de privatização do governo do Estado, tem tomado atitudes arbitrárias para restringir a atuação de lideranças sindicais.

Manifestantes, durante quatro horas, dialogaram com trabalhadoras e trabalhadores da Cemig e com a população as práticas arbitrárias da gestão da Cemig para intimidar a prática sindical e a organização da classe trabalhadora no Estado. A última medida da direção da companhia, designada por Romeu Zema, foi a imposição da volta dos diretores liberados do Sindieletro/MG às bases de trabalho, numa clara intenção de desmobilização da representação sindical. Essa medida se soma a outras retaliações promovidas contra os eletricitários, como o corte do vale alimentação, a suspensão do repasse das mensalidades do Sindieletro, do Sintec e do Sindicato de Juiz de Fora, o cancelamento da progressão de carreira dos trabalhadores que participaram de greves e a ameaça de transferência de trabalhadores para regiões mais distantes, com fins de desmobilização das lutas, entre outras decisões da diretoria.

A gestão de Reynaldo Passanezi Filho alegou  a expiração da cláusula 48ª do Acordo Coletivo de Trabalho, parágrafos terceiro e quarto, numa evidente retaliação às lutas da classe trabalhadora em defesa dos serviços públicos e contra o projeto de privatização do governo do Estado, que buscou restringir a atuação de lideranças sindicais .

Vamos resistir e devolver Minas aos Mineiros!

Cemig: esse “trem” é nosso!