Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindicato dos Jornalistas e do Brasil de Fato MG
Protesto terá concentração em frente ao antigo Dops na próxima segunda-feira, 1º de abril
Centrais sindicais, movimentos sociais, populares e estudantil, partidos políticos progressistas, a Frente Povo Sem Medo vão se unir na próxima segunda-feira, 1º de abril, no Ato Público com o título “Sem Anistia! Ditadura Nunca Mais!”, em Belo Horizonte. A concentração começará às 16 horas em frente ao prédio do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), espaço que abrigará o Memorial dos Direitos Humanos (Avenida Afonso Pena, 2.351).
Em 1º de abril de 2024, completamos seis décadas desde o golpe militar que mergulhou o Brasil na escuridão da ditadura. Neste marco sombrio, relembramos com indignação e determinação o dia em que a democracia foi brutalmente usurpada.
Hoje, mais do que nunca, é fundamental unir nossas vozes em defesa dos direitos humanos, da Justiça social e da verdade histórica. Condenamos, veementemente, qualquer tentativa de glorificar ou legitimar o regime opressor, que tantas vidas ceifou e sonhos destruiu.
Nesta data sombria, reafirmamos nosso compromisso inabalável com a luta pela democracia, para garantir as liberdades democráticas, pela memória dos que resistiram e pela construção de um futuro onde a liberdade e a Justiça sejam inegociáveis.
Não aceitaremos qualquer retrocesso. E exigimos o rigor da lei aos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Juntos, erguemos nossos punhos em solidariedade aos que tombaram e pela esperança por um Brasil verdadeiramente livre e democrático. Nunca esquecer, sempre resistir!
Sem anistia!
Ditadura Nunca Mais!
Lançamento de livro sobre o golpe
Onde estávamos em 1964 e onde estamos em 2024? As duas perguntas formam o eixo de reflexões do livro “60 anos do golpe, gerações em luta”, que será lançado nesta segunda-feira, dia 1º de abril, às 18 horas na sede do Sindicato dos Jornalistas de Minas, além de outras capitais brasileiras. A publicação reúne textos de 60 autores que sobreviveram à ditadura militar que governou o Brasil por 21 anos, deixando um legado doloroso de mais de 600 mortos e desaparecidos.
Francisco Celso Calmon, advogado, ativista e ex-preso político idealizou o projeto em outubro de 2023 e rapidamente ganhou apoio de diversas organizações como o Canal Pororoca e grupos como Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça e Geração 68 Sempre na Luta. O livro não apenas reflete sobre o golpe contra a democracia ocorrido há seis décadas, mas também questiona o estado atual da democracia no Brasil.
Juiz de Fora
Já na Zona da Mata Mineira, no município de Juiz de Fora, a cidade receberá a Marcha da Democracia, que reunirá entidades e ativistas políticos da própria cidade e do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo no que foi chamado de “marcha reversa”.
Segundo a Prefeitura do Município, que apoia a mobilização, serão percorridos os quase 180 km que separam a capital fluminense e a cidade mineira, em um trajeto contrário ao que o general Mourão Filho fez na madrugada do dia 1º de abril de 1964.
A viagem, que acontecerá a partir das 8h, no dia 1º, terá duas paradas consideradas simbólicas: uma na entrada de Petrópolis, com a entrega de 100 kg de leite em pó que serão distribuídos pela Defesa Civil aos atingidos pelas chuvas, e outra na divisa dos estados, onde os marchantes ocuparão a ponte sobre o Rio Paraibuna.