Mobilização política e cultural neste sábado (9) vai repudiar ataque à democracia, manipulação de informações e oligopólio da mídia
Churrasco, exibição de filme e uma edição ao vivo do Jornal Contra o Golpe fazem parte da programação do Ato Contra a Globo, neste sábado, 9, a partir das 17 horas, na porta da emissora em Minas. A manifestação é a favor da democratização da informação, contra o oligopólio da mídia e a manipulação na cobertura jornalística.
O ato é promovido pela Frente Brasil Popular Minas (FBPM) e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Este é o terceiro ano que a manifestação acontece na porta da Globo Minas em Belo Horizonte.
Nas últimas três semanas, houve dois protestos contra a Globo realizado em outras capitais. Nesta semana, os internautas lançaram uma campanha de boicote a empresas que anunciam na emissora.
A principal bandeira de luta do FNDC é a quebra dos oligopólios de comunicação no Brasil, cujas concessões públicas estão hoje concentradas nas mãos de algumas famílias. O Fórum reivindica a adoção de políticas públicas para assegurar diversidade e pluralidade no sistema de comunicação do país.
Tais políticas devem abranger questões relacionadas às telecomunicações e internet; radiodifusão comunitária, mídias populares e alternativas; fortalecimento das emissoras públicas; combate à concentração econômica nas comunicações; defesa dos direitos humanos na mídia, entre outras.
Programação
17h – Concentração na porta da Globo Minas – Av. Américo Vespúcio, 2045, bairro Caiçara
Exibição do documentário “Muito Além do Cidadão Kaine”
Coxinhaço – Churrasco de coxinha de galinha
Jornal Contra o Golpe – Transmissão ao vivo via internet da manifestação com entrevistas durante o ato
Documentário
O documentário “Muito Além de Cidadão Kane”, de 1993, será exibido durante a manifestação. Dirigido pelo cineasta inglês Simon Hartog, o longa conta a história da Rede Globo e seu principal fundador, Roberto Marinho.
Com diversas entrevistas na sociedade brasileira, bem como sua capacidade de influência na opinião pública, seu poder empresarial e suas alianças políticas.
Sonegação de impostos
As organizações Globo foram acusadas, pela Receita Federal, de não pagar impostos à União referentes à compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002. Segundo o jornalista Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho, que pesquisou a sonegação, “a engenharia da Globo envolveu 11 empresas, constituídas em diferentes paraísos fiscais”.
Em 2006, valor correspondia a R$ 615 milhões, com multas e correção da época. Hoje, a dívida passa de R$ 1 bilhão.
Um processo foi aberto contra a empresa, mas os documentos foram furtados por uma servidora da Receita. Ela chegou a ser presa, mas foi colocada em liberdade por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo segue em aberto na Receita Federal.
