Manifestação, que contou com a participação do Sind-UTE/MG, aconteceu na Câmara dos Deputados e em frente ao MEC, em Brasília
Sindicatos e movimentos sociais de todo o Brasil se uniram em Brasília durante toda a quarta-feira, 9 de agosto, com o objetivo de pressionar o governo em busca da revogação do Novo Ensino Médio (NEM), da valorização da categoria e de maior investimento no setor. O ato de mobilização pela Revogação da Lei 13.415/17 e em defesa da Educação Pública foi convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) se fez presente nesse movimento, contando com representantes da Subsede de Unaí.
A Lei 13.415/17, que introduziu a chamada “Reforma do Ensino Médio”, tem gerado controvérsias desde sua aprovação. A implementação dessa reforma ocorreu de maneira inadequada, caracterizada, principalmente, pela falta de um debate amplo e participativo com a comunidade escolar. Além disso, ato e mobilizações abordaram pautas de extrema importância, como a promoção da educação inclusiva e a desmilitarização das escolas.
Ainda pela manhã, concomitante ao grande abraço de pressão em volta do edifício do Ministério da Educação (MEC) na Esplanada dos Ministérios, foi feita a entrega de um ofício pedindo a revogação do Novo Ensino Médio, além de outras pautas como a aplicação da Lei do Piso Salarial Nacional para Profissionais do Magistério Público e valorização da carreira para funcionárias e funcionários, professoras e professores,, além de melhores condições para a formação de trabalhadoras e trabalhadores.
Durante a tarde, o ato continuou no Anexo II da Câmara dos Deputados. Por lá, os manifestantes foram recebidos por deputadas e deputados e simpatizantes, que discursaram em prol da revogação do NEM e das melhorias para a classe dos educadores(as) do Brasil. Uniram-se aos manifestantes os deputados Elvino Bohn Gas (PT), Reginaldo Veras (PV), Pedro Uczai (PT), Glauber Braga (Psol), Zeca Dirceu (PT), Fernando Mineiro (PT) , e as deputadas Erika Kokay (PT), Maria do Rosário (PT), Alice Portugal (PCdoB), Carol Dartora (PT) e Sâmia Bomfim (Psol).
A mobilização, capitaneada por esses movimentos, representa também a urgência de dar corpo a uma série de políticas que foram desmembradas nos últimos sete anos. “Queremos o Piso e a Carreira para o conjunto da nossa categoria, queremos mudança no Ensino Médio, queremos a valorização profissional com a nossa formação, tudo que foi tirado durante o golpe e o negacionismo de Bolsonaro”, declara o presidente do CNTE, Heleno Araújo.