Escrito por: Sindicato dos Bancários de BH e Região
Manifestação ocorreu na véspera da quinta rodada de negociação com a Fenaban
O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região realizou um ato, na terça-feira, 31 de agosto, em frente ao prédio do Banco do Brasil na rua da Bahia, 2500, na região central de Belo Horizonte. Trabalhadoras e trabalhadores foram novamente às ruas para cobrar que os bancos atendam às reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2018 e, utilizando a Porta do Inferno, denunciaram o desrespeito dos bancos.
A manifestação ocorreu na véspera da quinta rodada de negociação com a Fenaban, que está sendo realizada nesta quarta-feira, 1º de agosto, em São Paulo. Os bancos afirmaram que apresentarão, na mesa de amanhã, uma proposta global para o Comando Nacional dos Bancários.
Durante o ato, o Sindicato chamou a atenção da população para abusos cometidos pelos bancos, como as tarifas e juros extorsivos, que levam ao superendividamento dos brasileiros, as demissões em bancos privados e as reestruturações em bancos públicos, que prejudicam o atendimento, e a falta de segurança nas agências.
Além disso, os trabalhadores destacaram a importância de defender os bancos públicos, fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, contra o desmonte promovido pelo governo Temer.
“Em relação ao Banco do Brasil, denunciamos as graves ameaças contra a Cassi e também o funcionamento dos escritórios digitais, sobre os quais há várias reclamações de bancários em razão das condições de trabalho e do excesso de cobranças por desempenho. Só com muita organização e mobilização vamos conseguir enfrentar as ameaças aos direitos da categoria e sair fortalecidos dessa campanha negocial”, destacou o funcionário do BB e diretor do Sindicato, Helberth Ávila.
Reivindicações da categoria
A pauta dos bancários para a Campanha Nacional 2018 foi elaborada durante a 20ª Conferência Nacional. Além do reajuste composto pela reposição da inflação mais aumento real de 5%, os trabalhadores cobram proteções contra as ameaças da reforma trabalhista.
A categoria reivindica que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) seja válida para todos os bancários, independentemente do nível de escolaridade ou da faixa salarial, a garantia do emprego com a vedação das demissões em massa e da rotatividade e a vedação dos acordos individuais de banco de horas.
Outras demandas incluem a manutenção das homologações nos sindicatos e que a implantação de novas formas de jornada de trabalho, previstas na reforma trabalhista, só possa ocorrer por meio de acordo coletivo de trabalho.