Escrito por: Florence Poznanski e Rafaella Dotta, Brasil de Fato
Manifestação, organizada pelas organizações sociais, lotam as ruas do centro da capital mineira e conta com 42 blocos de carnaval
Manifestação em apoio à candidatura de Fernando Haddad e Manuela D'ávila lotou ruas do centro de Belo Horizonte na tarde de sábado, dia 20 de outubro. Este foi o segundo ato convocado em Belo Horizonte em torno do mote #EleNão e protagonizado por mulheres. A presença dos atores culturais foi marcante em ambas as ações, já que a cidade tem um histórico de luta política no carnaval. “Esse ato está sendo coordenado só por mulheres. São 42 blocos de carnaval da cidade unidos contra Bolsonaro”, afirma Sonia Mara Maranho, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e representante da Frente Brasil Popular.
A artista Adrilene fez questão de vir para o ato com o nariz de palhaço e roupa vermelha. O coletivo Calcinha de Palhaça, do qual é integrante, é composto apenas por mulheres e está fazendo campanha dia a dia na rua, dialogando com a sociedade. “Está muito difícil conversar, mas não podemos esquecer do abraço. Essa manifestação nos mostra esse caminho do afeto. É preciso repensar os medos, as resistências, os posicionamentos”, reflete.
O ato, que foi organizado pelas mulheres da Frente Brasil Popular de Minas Gerais, 42 blocos de carnaval e outras 16 organizações sociais, convidou as mulheres eleitas do campo democrático para saudar os manifestantes em luta, as deputadas estaduais eleitas Marília Campos (PT), Beatriz Cerqueira (PT) e Andrea de Jesus (PSOL) denunciaram a desinformação vigente nesta eleição e afirmaram que ainda há muitos votos a serem conquistados.
Participou também do ato a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, que denuncia o desvio feito por alguns grupos religiosos da palavra pregada por Jesus Cristo. Para Ana Beatriz Luz, de 23 anos e evangélica, o Evangelho está sendo deturpado para fins eleitorais e violentos. “Jesus disse que os discípulos dele serão reconhecidos por amar uns aos outros. Eu lamento porque o povo evangélico tem sofrido uma manipulação espiritual promovida por empresários da fé”, denuncia.
Próximos dias
Em Belo Horizonte, as ações de panfletagem e atos continuam na semana que antecede a eleição. Na quarta-feira (24), Fernando Haddad comparece a atos políticos na cidade.
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