Escrito por: Rogério Hilário
CUT/MG e Sind-UTE/MG, assim como fizeram em 2020, vão disponibilizar carros de som, com toda a documentação exigida, para os desfiles em Belo Horizonte
Representantes de blocos carnavalescos se reuniram na manhã desta terça-feira, 20 de dezembro, na sede da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), para debater a participação no retorno da folia às ruas da capital mineira. Com a redução dos casos contaminação por Covid-19, a Empresa de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) publicou edital para cadastramento para o Carnaval. A CUT/MG convocou os blocos, como havia feito em 2020, para anunciar novamente sua contribuição, colocando à disposição os carros de som da Central e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG). E em melhores condições do que os trio-elétricos que são oferecidos no mercado.
Na reunião desta terça-feira, coordenada pelo presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho, os representantes dos blocos de rua debateram também a importância da descentralização e da democratização do Carnaval de Belo Horizonte, para que os desfilem sejam realizados em todas as regiões da cidade, especialmente na periferia. Novo encontro será realizado na sede da Central às 10 horas do dia 13 de janeiro e mais blocos serão convocados. A CUT/MG e o movimento sindical vão tentar disponibilizar mais carros de som.
As reuniões dos blocos nasceram em 2020, quando o governo do Estado expediu um documento com novas exigências para o uso de trios-elétricos no Carnaval. Os veículos a serem cadastrados, por exemplo, precisavam apresentar Autorização de Tráfego para Carro de Som, Trio Elétrico ou Minitrio Elétrico (ATVE). Com isso, vários blocos não teriam condições de desfilar por não terem carros com o documento. Como os carros de som da CUT/MG e do Sind-UTE/MG possuíam toda a documentação, a Central chamou os blocos para uma reunião. Mais de 40 blocos foram contemplados e conseguir ir às ruas com a ajuda do movimento sindical. Além de o custo dos carros de som ser 20% do valor pago por um trio normal, vários sindicatos contribuíram para custear o desfile de blocos que não tinham recursos.