Escrito por: Rogério Hilário
Manifestantes dialogam com a população com as pautas Vacina Já, Auxílio Emergencial Já, Impeachment Já. No ato, protesto contra reforma administrativa e retorno das aulas presenciais em Minas Gerais
O terceiro ato conjunto em 2021contra o governo genocida de Jair Bolsonaro, pelo impeachment, vacina para todos, contra o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas, a reforma administrativa e as privatizações foi realizado, na tarde deste sábado, 20 de fevereiro, em Belo Horizonte. Após concentração na Praça da Estação, na Rua Sapucaí e na Rua Itambé, os manifestantes saíram em centenas de carros para a terceira Carreata pela Vida, que também aconteceu em todo o país.
Durante o percurso, que percorreu a Avenida Antônio Carlos, até o Viaduto Senegal, retornou ao Centro seguindo pela Avenida Afonso Pena e retornando na Praça da Bandeira, militantes e dirigentes da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), sindicatos, de entidades CUTistas, centrais sindicais, movimentos sociais, estudantis e populares e lideranças políticas dialogaram com a população da capital mineira sobre as pautas do protesto e da união contra a política de morte do governo federal.
Outros protestos serão realizados, segundo os organizadores, que garantiram que a classe trabalhadora e parceiros não sairão das ruas até derrotar a necropolítica e o ultraneoliberalismo do governo de Jair Bolsonaro, bem como o projeto de privatização, sucateamento e estado mínimo de Romeu Zema, que em Minas Gerais segue alinhado com o governo federal neste quesito e na lentidão no processo de vacinação, e as propostas que colocam em risco a vida de professores estudantes e da população durante a pandemia de Covid-19, anunciadas pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
“Hoje, nós da CUT, dos movimentos sindical, sociais, populares e estudantis estamos nas ruas para protestar contra o governo Bolsonaro, pelo impeachment, vacina já, contra a reforma administrativa, as privatizações, toda a política genocida, de sucateamento do estado e da destruição da soberania nacional e do patrimônio do povo brasileiro. A CUT e seus sindicatos se unem com as demais entidades e movimentos porque precisamos dialogar com a população e não podemos sair das ruas enquanto não acabarmos com esta política genocida, de morte de Jair Bolsonaro. Outros atos, mobilizações e manifestações vão acontecer. Fora Bolsonaro”, afirmou Robson Gomes da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas dos Correios e Telégrafos e Similares de Minas Gerais (Sintect/MG).
“Nosso primeiro objetivo desta carreata e deste ato é o ‘Fora Bolsonaro’. É um governo que não tem qualquer preocupação com a população. Minimizou a pandemia, não tomou providências urgentes para proteger o povo, muito menos se esforçou pela vacinação. O segundo é a campanha pela ampla vacinação. O terceiro é dialogar com a população, mostrar a todas e todos que é necessária a união contra todos os ataques que colocam em risco mais vidas. É importante que saibam que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, quer o retorno das aulas presenciais. Isto vai levar à concentração nas escolas, expondo à contaminação as crianças, professoras e professores. Se os alunos não apresentam sintomas, poderão transmitir o vírus para seus familiares e para professores e demais educadores, que estão nos grupos de risco. A média de idade deles está entre 40 e 50 anos. E num momento em que o número de vítimas se aproxima das 250 mil, uma medida pode ampliar a disseminação da contaminação. Defendemos, ainda, o retorno do auxílio emergencial. Pode ser um paliativo, pois lutamos mesmo é por uma política de trabalho e emprego decentes e contra a pobreza, mas seria uma alternativa imediata para a economia”, disse Cristina Del Papa, da Coordenação-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes).
“Esta manifestação é pela vida. Porque nós hoje enfrentamos no Brasil uma política da morte, uma política da exclusão, uma política fascista da eliminação do outro. O Fora Bolsonaro é pela nossa existência, pela soberania, pela nossa democracia. A vacinação, pelo nosso direito à vida. E o auxílio emergencial. Por que o Estado tem que cuidar daqueles que precisam. Não pode jogá-los na miséria, na fome, como o governo Bolsonaro tem feito. Então, parabéns à Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, seus sindicatos e todos que têm organizado estas carreatas, estas manifestações e mobilizações em defesa da vida. Fora Bolsonaro”, disse a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).
MANIFESTO PELA VIDA - MINAS GERAIS
Chega de mortes! Chegou a hora de nos mobilizarmos contra esse genocídio! Pela saúde e pela vida de todas as pessoas do nosso país!
Nem de fome nem pela pandemia: não aceitaremos que nos matem!
O Brasil é um país construído sobre as bases do genocídio racista, e neste governoblica Bolsonaro o projeto de morte aprofunda suas garras nefastas.
A maioria das contaminações e mortes pela Covid-19 explicita o histórico de racismo e segregação que se perpetua em nosso país com a população negra, indígena, quilombola, das periferias brasileiras.
Já são quase 10 milhões de pessoas infectadas pela Covid-19 e mais de 240 mil vidas perdidas.
Somos o segundo país no mundo que mais tem mortes em decorrência da pandemia, com 10% das mortes pela doença em todo o planeta.
A maioria dessas vidas poderia ter sido poupada, caso o governo brasileiro tivesse adotado os procedimentos recomendados pela OMS.
Vivemos um genocídio. Manaus, Pará, cidades mineiras e de outros estados com falta de leitos e oxigênio para garantir a vida das pessoas.
A lentidão da vacinação e a falta de vacinas comprometem a vida de todas as pessoas que vivem no Brasil.
O governo Bolsonaro cometeu graves violações dos direitos humanos e crimes de responsabilidade. Já são 62 pedidos de impedimento do presidente Bolsonaro protocolados e sem resposta.
Exigimos:
VACINA PARA TODAS E TODOS PELO SUS!
AUXÍLIO EMERGENCIAL JÁ!
FIM DO GOVERNO BOLSONARO!
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