Escrito por: Sindipetro/MG
Esse é um momento importante para se avançar na resistência contra as privatizações e que a categoria reúna forças para enfrentar os desafios colocados
Depois do ato contra as privatizações no dia 2 de junho, o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG) realizou reuniões setorizadas no gramado da Refinaria Gabriel Passos (Regap), nos dias 4, 8 e 10 de junho. As setorizadas fazem parte do calendário de lutas contra a privatização da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, diante da iminente ameaça de venda da refinaria.
“As setorizadas são importantes para ouvirmos cada petroleiro e petroleira da base e prepararmos a mobilização em torno das nossas reivindicações. Vamos unir nossas forças para impedir que a Regap seja entregue aos interesses privados, com prejuízos não só para os trabalhadores, mas para toda a sociedade”, afirma o coordenador geral do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori.
Na avaliação da diretoria, esse é um momento importante para se avançar na resistência contra as privatizações e que a categoria reúna forças para enfrentar os desafios colocados. Além de preparar a mobilização, o Sindipetro\MG também tem tomado medidas no âmbito político, jurídico e de comunicação para barrar a venda da Refinaria antes de qualquer definição no Conselho de
Administração da Petrobras
No contexto brasileiro, a privatização das refinarias da Petrobras leva a monopólios regionais privados que produzem derivados a custos muitos mais altos que os da estatal. Vide o exemplo da Rlam, na Bahia, que recém privatizada pratica os preços mais altos do Brasil. Ao contrário do que querem fazer a população acreditar, os preços dos combustíveis não vão baixar.
Para os trabalhadores, as consequências do sucateamento e das incertezas que acompanham os processos de privatizações culminam em adoecimento mental e aumentam os riscos de acidentes de trabalho. “Quando há um período de venda de ativos, como ocorrido nos anos 90, as pesquisas mostram que o número de acidentes aumentam e há riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores”, afirma Cloviomar Cararine, economista do Dieese.