Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sind-Rede/BH
Educadoras e educadores das redes municipal e estadual, metroviárias e metroviários se unem em manifestação com apoio da CUT Minas, centrais, movimentos sindical, sociais e populares e lideranças políticas
Educadoras e educadores das redes públicas municipal e estadual, trabalhadoras e trabalhadores do Metrô de Belo Horizonte, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), movimentos sindical, sociais, estudantis e populares e lideranças políticas, realizaram ato unificado das categorias em greve na manhã desta segunda-feira, 28 de março, na Praça Sete, no Centro da capital mineira. O presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira, e a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) participaram da manifestação.
A manifestação conjunta foi aprovada na assembleia de educadoras e educadores municipais de Belo Horizonte, realizada na tarde da última sexta-feira (25), com a coordenação do Sind-Rede/BH, com objetivo de fortalecer as greves em curso da rede municipal, da rede estadual e metroviários, após mais uma truculenta repressão de Alexandre Kalil, que resultou em ferimentos graves no professor Wanderson Rocha, que ainda foi preso arbitrariamente.
O ato político foi, principalmente, de repúdio à intransigência e à repressão que Zema e Kalil têm usado para atacar as greves. Diante da deterioração das condições de vida fruto da crise econômica, ajustes e reformas impostas pelo governo Bolsonaro e governadores e prefeitos, como Zema e Kalil, trabalhadoras e trabalhadores se mobilizam e reivindicam a justa reposição salarial.
Segundo os manifestantes o serviço público tem sofrido com desinvestimento e privatizações nas três esferas de governo, seja no governo federal de Jair Bolsonaro (PL), na estadual com Romeu Zema (Novo) ou na municipal com Kalil e Fuad Noman (PSD).
Os movimentos também prestam sua solidariedade a trabalhadoras e trabalhadores da educação municipal e repudiam a ação truculenta da tropa de choque da guarda municipal, a mando de Kalil e Fuad contra os professores.
Trabalhadoras e trabalhadores da educação da rede estadual, organizados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), já haviam aprovado atos regionais nesta segunda-feira, mas, frente à agressão covarde da Guarda Municipal, participou do ato unitário, somando forças. Educadoras e educadores do ensino estadual estão em greve há 20 dias e enfrentam os ataques e também a repressão de Zema. A categoria reivindica o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, o que representa um reajuste de 33%.
Metroviárias e metroviários paralisaram as atividades no dia 21 e lutam contra a privatização do Metrô, por um atendimento público de qualidade. A categoria reivindica da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e do governo federal a garantia de empregos. Coordenados pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) exigem, no mínimo, a realocação em outras unidades da CBTU em outros estados.
Taís FerreiraTaís Ferreira