Escrito por: Rogério Hilário

Centrais e movimentos sociais mineiros se unem em Ato em Defesa da Democracia

Atos serão realizados em Belo Horizonte e, pelo menos, mais 12 cidades contra ações terroristas e golpistas de bolsonaristas, com depredação de prédios dos três poderes em Brasília

Rogério Hilário

Centrais sindicais, movimentos sociais e representantes de partidos políticos se unem às 18 horas desta segunda-feira, 9 de janeiro de 2023, na Praça Sete de Setembro, no Centro de Belo Horizonte, em Ato em Defesa da Democracia e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação é uma reação e um protesto contra os atos de terrorismo e ações violentas que bolsonaristas golpistas, inconformados com a derrota na eleição presidencial de 2022, realizaram em Brasília no domingo (8), para instalar o caos e o pânico no país e forçar uma intervenção militar (golpe). Na verdade, pedem em manifestações em frente aos quartéis do Exército, há mais de dois meses, a ruptura do estado democrático de direito, com o retorno de Jair Bolsonaro ao governo.

Os terroristas, com a convivência e a leniência do governo do Distrito Federal, cujas forças de segurança pouco fizeram para impedir as ações, invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e setores do Palácio do Planalto, depredaram o patrimônio público, inclusive símbolos nacionais e obras de artes, e roubaram armas e presentes que parlamentares e presidentes receberam de chefes de Estado de outros países. Banditismo puro e simples, que precisa ser punido exemplarmente.

Em reunião realizada na sede da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), na manhã desta segunda-feira, representantes das entidades participaram de um debate para organizar o ato. Coordenaram a atividade o presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho; secretária-geral da Central, Lourdes Aparecida de Jesus; e a presidenta da CTB, Valéria Volpato.

Além de repudiar a invasão e depredação das sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, as manifestações também reivindicam a punição dos responsáveis diretos e indiretos pelos atos e o respeito ao resultado das eleições que consagraram Lula (PT) presidente do país.

Além de Belo Horizonte, pelo menos outras doze cidades mineiras já têm atos convocados: Divinópolis - Rua São Paulo, com Primeiro de Junho, às 17 horas; Teófilo Otoni - Praça Tiradentes, às 18 horas; Poços de Caldas - coreto, às 18 horas; Varginha - Praça do ET, às 18 horas; Juiz de Fora - Parque Halfeld, às 17 horas; Visconde do Rio Branco - Praça 28 de Setembro, às 17h30; Cambuí -  prefeitura municipal, às 18 horas; Uberaba - Praça Rui Barbosa, às 18 horas; Montes Claros - Praça Doutor Carlos, às 18 horas; Alfenas - Antiga Rodoviária, às 17 horas; Lavras - Praça Dr. Augusto Silva – 18 horas; Uberlândia - Praça Ismene Santos, às 18 horas; e Ituiutaba - Praça Getúlio Vargas, às 18 horas.

Para esta quarta-feira (11), também está previsto um ato nacional no Distrito Federal. Outros atos serão organizados em Belo Horizonte e no interior do Estado, porque, no entendimento dos presentes na reunião, a luta será permanente e será preciso manifestações de rua constantes para o enfrentamento e isolar os bolsonaristas da sociedade brasileira. Para isso, foi sugerida e aprovada a criação de uma frente permanente de defesa da democracia.