Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Stimeic

Chega de enrolação: metalúrgicos da Frum, em Extrema, entram em greve

Trabalhadores paralisaram as atividades na segunda-feira à noite e estão decididos a permanecer na porta da empresa até que suas reivindicações sejam atendidas 

Stimeic

Trabalhadores da empresa Frum, de Extrema, decidiram paralisar as atividades, na noite de segunda-feira, 6 de maio, A empresa chamou a polícia para os metalúrgicos. Eles pararam no turno da noite. A greve foi deflagrada por causa de demandas antigas, pois os trabalhadores não querem o desconto da cesta básica quando for apresentado atestado médico; reivindicam redução do desconto no vale refeição; equiparação salarial e reajuste salarial.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Extrema, Itapeva e Camanducaia (Stimeic) avisou à empresa que os metalúrgicos estavam dispostos a paralisar as atividades e, na segunda-feira, apresentou a pauta da categoria à direção da Frum, que inclui também: redução do valor cobrado no transporte; ajustar o benefício para o transporte dos trabalhadores onde a rota atual não atende; tíquete alimentação no valor de R$ 350; melhoria no convênio médico e redução do valor cobrado; plano de cargos e salários e criação de um programa de PLR.

Alexandra Fernandes Amaral, presidenta do Stimeic, acompanhou durante toda a noite a mobilização dos trabalhadores, enquanto aguardava a troca de turno. Ele denunciou que a direção da Frum chamou a polícia para os metalúrgicos, que faziam uma manifestação pacífica contra os abusos da empresa. Os grevistas permaneciam na porta da Frum na tarde desta terça-feira, dispostos a só sair quando pelo menos parte das reivindicações fossem atendidas.

“Trabalhadores já vêm de uma negociação antiga. Reivindicando várias questões e a empresa sempre enrolando. Chegou a um ponto que nós avisamos a empresa que os trabalhadores iam paralisar o serviço e ontem eles decidiram fazer isso. Há cerca de dois anos e meio que a gente vem com algumas pautas, que vêm se fortalecendo na questão de a empresa não dar retorno. O trabalhador não arreda o pé da porta da empresa se não tiver o preto no branco. Se não estiver escrito. Se não tiver a tinta no papel, como compromisso verdadeiro da empresa. Porque várias vezes deram a palavra e não cumpriram”, disse Alexandra Amaral.