Organizados pelo Sind-UTE/MG, trabalhadoras e trabalhadores de manifestaram contra o processo de municipalização da EE. George Chalmers
Na segunda-feira, 20 de janeiro, trabalhadoras e trabalhadores em educação de Nova Lima/MG se manifestaram contra o processo de municipalização da EE. George Chalmers. Organizados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais ( Sind-UTE/MG) reivindicaram a participação de representantes do colegiado da escola e do Sind-UTE/MG em reunião que seria realizada a princípio apenas entre o prefeito e diretores de escola para anunciar a municipalização. Em função da pressão dos trabalhadores/as puderam participar um representante do colegiado da escola e o representante da direção estadual do Sind-UTE/MG.
O principal questionamento dos trabalhadores é o mesmo que tem sido feito em outros processos de municipalização no Estado. Não há qualquer diálogo ou comunicação anterior. O processo é realizado de forma rápida para não haver questionamentos.
A Secretaria Municipal de Educação de Nova Lima e a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais se reuniram, dia 13/01/20, para fazer a ata de municipalização. No dia 16/01/20 foi dado o aceite do prefeito para a municipalização e no dia 17/01/20 publicado edital de contratação de professores pelo município para substituir o processo de designação na escola. Não houve, portanto, tempo hábil para análise nem deste edital, nem para um processo de escuta dos trabalhadores da escola.
Durante a reunião, o prefeito Vitor Penido tentou deslegitimar a mobilização dos/as trabalhadores/as chamando-a de circo. Ao mesmo tempo, os/as trabalhadores/as reagiram aos gritos de “Éu! Éu! Éu! Fora Coronel!”. Mesmo com o autoritarismo de Vitor Penido, apresentamos a reivindicação da categoria de suspensão do edital de contratação e o estabelecimento do processo de escuta. Nenhuma das duas propostas foi aceita pela prefeitura.
Em 2012, a experiência de municipalizar o ensino fundamental já havia sido realizada em Nova Lima e o processo foi suspenso. Além da demagogia do prefeito de dizer que seu governo é mais competente para absorver esta demanda é preciso responder claramente o que mudou para que a municipalização agora não venha criar uma nova desorganização da vida escolar. Reivindicamos da Câmara Municipal de Nova Lima a imediata realização de audiência pública e que não autorizem este processo autoritário e desrespeitoso de municipalização.
O Sind-UTE/MG seguirá na luta contra a municipalização de escolas promovida pelo governo Zema sabendo do impacto negativo que ela tem na vida de trabalhadores que podem ser removidos, ficar excedentes, ou pior, perder seus empregos. E também da falta de recursos técnicos para que municípios recebam, em pouco tempo, um grande aumento da demanda educacional em seus sistemas abrindo margem para privatização da gestão de sistemas por meio de “parcerias”.