Escrito por: Rogério Hilário

CUT/MG reforça luta no Estado do público LGBTQIA+ em Encontro de coletivos em SP

Yara Diniz, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos, o Coletivo foi reativado com o objetivo de ampliar, fortalecer o coletivo LGBTQIA+ no Estado e propor diretrizes de políticas públicas

CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou no último final de semana (dias 4, 6 e 7 de maio) o 4° Encontro LGBTQIA+, que reuniu coletivos de 12 Estados, que reforçaram as lutas pelas pautas do segmento. A atividade aconteceu em São Paulo com a participação de coletivos LGBTQIA+ das estaduais da Central. Os temas debatidos fortaleceram a luta por dignidade e respeito e no mundo do trabalho de pessoas representadas por esses movimentos políticos e sociais.

Pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), participaram representantes do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), Paulo Machado e Andrezza Conrade.

Segundo Andreza Conrade “O 4º encontro LGBTQIA+ promovido pela CUT nacional foi maravilhoso. Palestrantes muito bons, temas de extrema relevância tratados e precisamos agora que as CUTs estaduais tenham mais empenho no tratamento das pautas discutidas”.

Para Paulo Machado “Esse encontro foi de extrema importância, uma vez que trazemos para a centralidade das políticas públicas a necessidade de serem efetivadas ações de proteção, prevenção e inclusão da população LGBTQIA+, como formas de combater as diversas formas de violência e violação de direitos vivenciadas no ambiente de trabalho e na sociedade como um todo”.

Para a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT/MG, Yara Batista Cristina Diniz, foi fundamental e importante a participação no encontro em São Paulo. Ela ressaltou que a reativação do Coletivo aconteceu no dia 10 de abril, com o objetivo de ampliar, fortalecer o coletivo LGBTQIA+ no Estado e propor diretrizes de políticas públicas ao público do segmento. “Vamos partir de uma reconstrução histórica e política do movimento até discussões de pautas atuais da comunidade LGBTQIA+”, disse Yara Diniz.

A luta pela dignidade, direitos e contra a violência praticada contra a população LGBTQIA+, tanto na sociedade como no mundo do trabalho é pauta permanente da CUT.

Relações sociais e do trabalho

O encontro também traçou um diagnóstico das políticas governamentais e empresariais voltadas para as trabalhadoras e os trabalhadores LGBTQIA+. Entre os temas debatidos a atuação do judiciário em relação a casos de violências e discriminação nos locais de trabalho foi destaque.

De acordo com um levantamento feito pela rede social LinkdIn, em 2022, quatro em cada 10 pessoas LGBTQIA+ já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho, por causa de suas orientações sexuais. A pesquisa se refere a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, queer, intersexuais, assexuais e pansexuais.

Além disso, a violência que vitima esta população aumentou nos últimos anos com a ascensão da extrema direita ao poder no país. Em 2022, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, houve um aumento de mais de 325% no número de casos registrados no país, específicos com a homofobia como motivação. Passou de 1.719 em 2021 para 1.271 no ano passado.

No entanto, o número pode ser maior já que muitos casos não são registrados pelas vítimas por medo de exposição, preconceito pelas autoridades e represálias de seus agressores. Tais crimes notificados envolvem casos de lesão corporal dolosa, homicídio doloso e estupro.

SindibelPaulo Machado e Andreza Conrade, do Sindibel, representaram a CUT Minas no 4° Encontro LGBTQIA+