Escrito por: CUT/MG
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) repudia, com veemência, os ataques desferidos por Ricardo Kertzman, na coluna Opinião Sem Medo, publicada no jornal Estado de Minas. O empresário e blogueiro, acreditamos, sofre de confusão mental ou algo ainda pior, ao escrever uma coluna equivocada, ou mesmo, mal-intencionada. Como alguém em sã consciência, ou mesmo, baseado em fatos plausíveis, pode comparar as agressões de bolsonaristas a um jornalista mineiro e à candidata a ministra da Saúde e o governo de Jair Bolsonaro com ações da CUT, do MST ou com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Deveria, pelo menos, conhecer melhor as entidades, seu histórico, e como elas contribuíram para construção de políticas públicas, para redução da desigualdade, no campo e na cidade, por direitos e conquistas da classe trabalhadora.
Ao que parece, Kertzman emitiu opinião sem conhecimento de causa. E, com uma agressividade injustificável, ataca, assim como os bolsonaristas, quem pensa de forma diferente. Lembramos que, durante os governos de Lula e Dilma, a imprensa agiu com total liberdade e, em nenhum momento, sofreu qualquer cerceamento. Tanto na cobertura do golpe de 2016, com o impeachment da presidenta, e da prisão do ex-presidente, cujo processo, agora se comprovou, foi uma farsa, a mídia não foi atacada. Trabalhou livremente e não houve ameaça ao estado de direito e à democracia.
Bolsominios ameaçam adversários e oposicionistas de morte. Vão às ruas, sem respeitar quaisquer protocolos de segurança sanitária, para protestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e chegaram a atirar fogos contra a sede do tribunal. Pedem, em suas manifestações, o fechamento do Congresso e, entre outros ataques à democracia, se concentram em frente a quartéis para incitar uma intervenção militar. São a extensão do gabinete do ódio de Jair Bolsonaro com suas ameaças.
Entidades como a CUT e o MST, com seu histórico de lutas em defesa da classe trabalhadora, pelo fim da desigualdade, por políticas públicas, pela soberania nacional, entre outras pautas, não admitem, de forma alguma, serem comparadas com grupos que defendem milicianos e o que há de mais asqueroso neste país.
O debate político descambou para um nível de violência descontrolada pelas ações de apoiadores, estimuladas por Bolsonaro a cada postagem, a cada fala para atacar os meios de comunicação, oposicionistas e todas e todos que discordem da sua política de morte. Haja vista os quase 300 mil mortos por uma gestão irracional da crise sanitária da pandemia de Covid-19. Bolsonaro valoriza a violência e tenta impor um projeto armamentista, defende medidas arbitrárias e o desmonte do Estado com privatizações e a reforma administrativa.
Ao contrário do que o blogueiro alardeia em seu artigo, a CUT sempre esteve e seguirá protagonista na luta contra o autoritarismo e em defesa da democracia.