A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e todas as entidades filiadas à entidade no Estado repudiam com veemência as ações arbitrárias e revanchistas do governador Romeu Zema (Novo) contra o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG). O governo estadual, além de não pagar o Piso Nacional Salarial e, muito menos, investir o percentual mínimo do orçamento em educação, como determina a Constituição, ataca a entidade de forma torpe, reiterando a cobrança de multa de R$ 3,2 milhões pela greve dos profissionais do ensino público realizada em 2022. Mesmo que, depois de encerrada a paralisação, a reposição dos dias tenha sido cumprida por educadoras e educadores. A ação do governo Zema é uma evidente tentativa de extorsão e intimidação.
Numa flagrante prática antissindical, reprovável moralmente e condenável por lei, Zema tenta, por retaliação e viés político, impossibilitar a atuação do Sind-UTE/MG, o maior sindicato do Estado e o segundo maior do país, com reiterados pedidos de bloqueios das contas da entidade e execução da multa. Com o propósito evidente de fechar a entidade e destruir conquistas da categoria, algo que, anteriormente, nenhum governante, independentemente do viés ideológico, ousou fazer.
As agressões constantes demonstram, claramente, que o governo escolheu a educação e, por conseguinte servidoras, servidores e serviços públicos, como os principais inimigos, seja na gestão anterior ou na atual. Exemplo claro disso foi o veto do governador ao piso, mesmo com aprovação na Assembleia Legislativa. No seu projeto político, comprometido com a pauta bolsonarista, educadoras e educadores têm que ser derrotados, como parte do processo de implantação de um Estado mínimo, que tem como prioridade privatizações de empresas e serviços públicos e entrega do patrimônio do povo mineiro, sonho da iniciativa privada que sempre o apoiou.
Somos solidários com a luta de educadoras, educadores e do Sind-UTE/MG, Sindicato com histórico de 43 anos de enfrentamentos e conquistas. Estamos juntos e não vamos permitir que a destruição da educação se consolide em Minas Gerais. É inadmissível que um governador de um Estado, que tem em sua bandeira a palavra e a defesa da liberdade, abuse da truculência jurídica para ameaçar a sobrevivência do terceiro maior Sindicato da América Latina. E, desta forma, tente intimidar todas as lutas da classe trabalhadora, para com isso potencializar um projeto arbitrário de inviabilização da organização e da atuação sindicais no setor público em Minas Gerais. A luta pela educação pública e de qualidade e contra a conduta deplorável de Romeu Zema não é apenas da categoria, mas de todo movimento sindical e da população mineira.