Escrito por: CUT/MG

CUT repudia descaso de Zema com servidores públicos em plena Pandemia de Coronavírus

O governo do Estado impõe a insegurança e a fome a trabalhadoras e trabalhadores, em meio à Pandemia de Coronavírus, ao não definir a data para pagamento dos salários de março de todo o funcionalismo

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda a base CUTista manifestam seu repúdio ao descaso do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, com a sobrevivência de servidoras e servidores públicos, ativos e aposentados. O governo do Estado impõe a insegurança e a fome a trabalhadoras e trabalhadores, em meio à Pandemia de Coronavírus, ao não definir a data para pagamento dos salários de março de todo o funcionalismo. Só na educação são 400 mil famílias que precisam comer, além de pagar as suas contas do mês que, independentemente da crise, vão ser cobradas. Além disso, parte do funcionalismo nem ao menos recebeu integralmente o 13º salário de 2019.

 

E novamente, a única resposta a milhares de profissionais é solucionar a questão com contingenciamento de gastos para gerar economia, o que Zema vem propondo desde que assumiu sem que, em momento algum, tenha cumprido a obrigação de pagar os salários no quinto dia útil. E nem, ao menos, cumprir a Constituição com o pagamento do Piso Salarial Profissional da Educação ou o investimento de mínimo na saúde e na educação.

 

Diante de abusos e descasos com as condições mínimas de sobrevivência de servidoras e servidores, que, em alguns casos, seguem em atividade, por serem essenciais à população, neste momento crucial, quem pode garantir que, um dia, o governador Romeu Zema vai honrar o compromisso de pagar o funcionalismo em dia ou, ao menos, quitar o que deve. Se para não ter como divulgar um cronograma de pagamento hoje se usa como pretexto a crise sanitária, que, sabemos, se agravou com o isolamento social há pouco mais de duas semanas, como se justifica mais de um ano de parcelamento contínuo de salários e do 13º?

Tudo isto é inaceitável e comprovam a incompetência de um governo, que se vendeu como Novo, e apresentou nada menos que as velhas práticas neoliberais de Estado mínimo, privatizações e venda da soberania e do patrimônio do povo mineiro como solução para questões financeiras e, em dado momento da Pandemia, por pouco não cedeu às pressões do poder econômico contra o isolamento social e não expôs a população a um genocídio, quando também incentivou carreatas contra as medidas da Organização Mundial da Saúde.

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais, centenas de entidades e lideranças políticas já protocolaram e lançaram a Plataforma Estadual de Emergência  documento que enumera ações urgentes nestes tempos de crise na saúde pública e na economia. E repudiam, veementemente, o desprezo que o governador Romeu Zema demonstra por servidoras e servidores públicos e, em particular, o descaso com trabalhadoras e trabalhadores da educação e da saúde.