Escrito por: Rogério Hilário

CUTistas ganham eleição do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Juiz de Fora

Chapa 3, Rodoviários na Luta, garante, com apoio da categoria e da CUT, Sindicato democrático e combativo

Watoira Antonio, presidente da CUT Regional Zona da Mata, com Watoira Antonio, presidente da CUT Regional Zona da Mata, com Wagner Evangelista Correiaagner Evangelista CorreiaA Chapa 3, Rodoviários na Luta, de oposição e da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), venceu a eleição do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Juiz de Fora (Sinttro-JF). Os CUTistas receberam 518 votos, contra 458 da chapa 2, bancada pela UGT; e 474 da chapa 1, de situação e da Nova Central. A votação foi encerrada na sexta-feira (27), mesmo dia em que houve a apuração. A posse, para a gestão 2016/2020, está programada para 29 de março.

A campanha da Chapa 3, Rodoviários na Luta, contou com a participação decisiva da secretária de Organização e Politica Sindical, Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos; do presidente da CUT Regional Zona da Mata, Watoira Antônio de Oliveira; e de Aparecida de Oliveira Pinto, do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora, e de outros sindicatos CUTistas. "Construímos uma junção de forças que fez a diferença e contribuiu para o resultado nas eleições", avaliou Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos.

"Tenho absoluta certeza que, quando colocamos em nossos materiais o nome da CUT, a CUT Regional e a CUT estadual dialogaram com os trabalhadodres nas garagens e a Chapa se apresentou como CUTista, conquistamos a confiança da categoria. A CUT é muito respeitada em Juiz de Fora e os rodoviários têm uma confiança muito grande na Central, pois sabe que ela não vai titubear em uma campanha salarial e estará sempre ao lado deles nas lutas claras. A categoria é muito explorada em Juiz de Fora. A CUT fez o debate com os rodoviários e a Chapa 3 apresentou suas propostas. Ser CUT é muito forte. Eles sabem que vão contar com algúem que de fato defende os interesses da classe trabalhadora", disse Aparecida de Oliveira Pinto.

“Estamos muito satisfeitos e vamos agradecer aos rodoviários pela confiança no nosso trabalho. Quem ganhou a eleição foram os rodoviários, que não tinham voz no Sindicato e agora vão ter. Quem decidia era uma minoria e, agora, será a maioria. Vamos lutar juntos por conquistas. As demandas são muitas e ainda temos que fazer cumprir os acordos. Não foram cumpridas as escalas, as viradas de turno. Vamos trabalhar muito nas garagens para melhorar as condições de trabalho, que não vem acontecendo”, afirmou Vagner Evangelista Correia, eleito presidente do Sinttro-JF.

“Somos muito gratos à CUT por todo o apoio que nos deu e ainda nos dá. Não vamos largar a CUT, como a direção atual fez. Eles viraram as costas para a CUT e para os rodoviários. Vamos empunhar a bandeira dos rodoviários junto com a Central. Vamos nos filiar à CUT”, assegurou Vagner Evangelista Correia, que tem 45 anos, é rodoviário há 24 anos e trabalha na Pontal Filial.

A posse da nova diretoria está prevista para 29 de março, mas os integrantes da Chapa 3 pretendem antecipá-la. “Vamos tentar antecipar, pois teremos que negociar com os patrões em março. A data-base da categoria é 1° de fevereiro. Queremos entrar no Sindicato já negociando com os patrões”, disse Vagner Evangelista Correia.

“Foi uma vitória sofrida, mas muito boa. Construímos a Chapa 3, que reflete um processo de oposição por um Sindicato democrático, transparente, combativo e atuante. A atuação unificada da Direção Estadual da CUT/MG, da CUT Regional Zona da Mata e dos sindicatos CUTistas foi fundamental para conquistarmos a vitória. Foi muito efetiva. Discutimos com a situação, os problemas e as demandas dos rodoviários e a CUT nos deu todo apoio político e logístico neste processo”, disse Chico Oliveira, coordenador da campanha da Chapa 3, Rodoviários na Luta.

“A Chapa foi construída com a voz dos trabalhadores, que se manifestaram em assembleias, reuniões. Essa trajetória resultou em propostas básicas, como melhoria no piso salarial, a construção da participação nos lucros e resultados, no processo de um plano de saúde que atenda rodoviários, famílias e aposentados, a luta pela jornada de trabalho diária de 6 horas e 30 minutos“,  acrescentou Chico Oliveira.