Escrito por: Rogério Hilário
Encontro no Sindsep-MG, convocado pela Secretaria de Políticas Sociais, propõe levar debate sobre o segmento para os sindicatos
Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos e Frederico Melo durante o Encontro de Trabalhadores e Trabalhadoras com Defici
Coordenado pela secretária de Políticas Sociais da CUT/MG, Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos, o Encontro de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência contou com a participação do técnico da Subsede da Central do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) na Central, Frederico Melo. “O papel da CUT é levar o debate sobre a organização dos trabalhadores e das trabalhadoras com deficiência, que precisam ser incluídas por intermédio do mundo do trabalho”, disse Lourdes Aparecida.
A iniciativa da Secretaria de Políticas Sociais da CUT/MG foi elogiada. “Nunca houve algo assim. É primeira vez que somos chamados para um debate sobre deficiência. A CUT está de parabéns por incluir nas suas lutas as pautas dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência”, afirmou Antônia de Jesus Lopes, da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT).
Inclusão social
Em sua palestra, Frederico Melo disse que as pessoas com deficiência conquistaram, nos anos 1990, a lei de cotas e o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC-Loas), que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. Mas, acrescentou o técnico do Dieese, a sociedade ainda está despreparada para receber a pessoa com deficiência. “As dificuldades para a inserção desse público são grandes, sejam de acessibilidade, transporte, escola, apesar das novas tecnologias.”
Representantes de Sindicatos CUTistas participaram do Encontro e v
Outra questão apontada pelo técnico do Dieese, e que as empresas não atendem, é a perspectiva de carreira. “A pessoa com deficiência precisam de condições para ter uma carreira, dentro do conceito de inclusão positiva.”
Segundo Zulmar Dias Figueiredo, do Sind-UTE/MG, algo ainda pior acontece nas operadoras de telemarketing. “Operadoras contratam pessoas com deficiência com jornada de trabalho de apenas uma hora por dia e paga proporcionalmente. Trabalhadores e trabalhadoras recebem apenas de R$ 80 a R$ 100 por mês. Ou seja, cumprem a cota, mas precarizam ainda mais as condições de trabalho.”