Escrito por: Sindicato dos Bancários de BH e Região

Denúncias de assédio moral e constrangimentos no banco Inter

Sindicato dos Bancários de BH e Região vem recebendo denúncias sobre práticas inaceitáveis como assédios moral e sexual, nepotismo, discriminação racial e falta de condições de saúde no trabalho

Sindicato dos Bancários de BH e Região

O Sindicato dos Bancários de BH e Região vem recebendo diversas denúncias sobre práticas inaceitáveis praticadas no Banco Inter, como assédio moral, nepotismo e falta de condições de saúde no trabalho. No último processo demissional, que culminou com o desligamento de mais de 150 trabalhadoras e trabalhadores, na semana passada, os funcionários demitidos foram escoltados até a saída do prédio, sendo obrigados a recolher, urgentemente, seus pertences pessoais e impedidos de se despedirem dos colegas, o que causou constrangimento e revolta em pessoas que contribuíram, por tantos anos, para o crescimento da instituição financeira.

As denúncias também apontam que práticas como assédio moral, sexual e discriminação racial ocorrem em alguns setores, como a área de relacionamento PJ (CRPJ), com o conhecimento e conveniência do próprio Inter. Diversos funcionários já denunciaram os abusos ao banco,mas, infelizmente, nenhuma providência foi tomada até o momento.

Outro ponto é que, no CRPJ, o atendimento é realizado por telefones ativos o dia inteiro pelos funcionários, mas nem todos realizam testes de audiometria, que é o exame de triagem que avalia a acuidade auditiva dos trabalhadores. O Sindicato repudia esses casos e exige apuração imediata por parte do banco e solução dos problemas apresentados.

"O exame de audiometria, por conta do seu caráter preventivo, deve ser realizado pelos profissionais que trabalham no CRPJ, preferencialmente, a cada seis meses. Algumas empresas de call center, telemarketing e afins realizam os exames, ao menos, uma vez por ano. Segundo as denúncias, nem isso o Inter está oferecendo. Um verdadeiro descaso com a saúde dos trabalhadores”, afirmou Marco Aurélio Alves, diretor do Sindicato que participa das negociações com o Inter.

"Nenhum funcionário ou ex-funcionário pode ser tratado com desrespeito e humilhação, devendo ser respeitado o princípio da dignidade humana. O Sindicato está mobilizado contra quaisquer práticas que configuram ofensa ao direito da personalidade, violação à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos trabalhadores. Estamos cobrando providências urgentes por parte do banco", concluiu Liliam Diniz, funcionária do Inter.