Escrito por: Rogério Hilário
Categorias paralisam atividades, manifestação para a cidade e protesto termina na Rede Globo Minas
Manifesta
Durante o dia, várias categorias paralisaram as atividades, total ou parcialmente. Os metroviários, que aprovaram greve de 24 horas em assembleia na noite de quarta-feira (10), paralisaram o serviço a partir da 1h desta quinta-feira ( 11). Trabalhadores em educação e da saúde do Estado, profissionais da educação de Contagem, servidores municipais, eletricitários, bancários, petroleiros, técnico-administrativos da UFMG, metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem e de outras cidades também pararam. Às manifestações se uniram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Nacional da Juventude, movimento estudantil, Marcha Mundial das Mulheres, Assembleia Popular Horizontal, entre outros.
Segundo a presidenta da CUT/MG e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, as mobilizações do Dia Nacional de Luta em Minas Gerais superaram a expectativas. “Hoje foi um dia histórico. Aconteceram protestos, mobilizações e paralisações em praticamente todo o Estado. Onde não houve greves, foram organizadas manifestações. Os trabalhadores e os movimentos sociais colocaram mais pressão sobre o Legislativo e o Executivo. Os manifestantes deixaram claro que exigem respostas mais rápidas às suas reivindicações. Saímos às ruas para pressionar e os políticos que não nos atenderem não merecerão o nosso voto”, disse Beatriz Cerqueira.
A presidenta da CUT/MG fez questão de agradecer a todos que participaram das manifestações, em especial a juventude. “O sucesso deste dia histórico se deve ao fato de não ter gente apenas das centrais. E isso se deve à presença de movimentos sociais e da juventude, especialmente a Assembleia Popular Horizontal, o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa, o Levante Nacional da Juventude e muitos outros. A união na luta é importante e que sozinho não se conquista nada. O dia de hoje é o que é graças a todos nós. A Assembleia Popular Horizontal nos ensinou nova forma de organização, nas manifestações de rua de junho e na ocupação da Câmara Municipal, e nos trouxe mais criatividade aos movimentos”, enalteceu Beatriz Cerqueira.
Concentração
Durante a concentração, na Praça Sete, dezenas de dirigentes sindicais se pronunciaram antes da marcha. Shakespeare Martins de Jesus, da Direção Executiva da CUT Nacional, revelou que os metalúrgicos fecharam a BR-381, em Contagem, num protesto que começou por volta das 4h, e paralisaram fábricas. Ele lembrou que uma das pautas mais importantes no momento, para a classe trabalhadora, é o combate ao Projeto de Lei 4.330/2004, que permite a terceirização sem limites. “Com a nossa pressão, a Comissão de Constituição e Justiça adiou para agosto a apreciação do projeto. Mas nós queremos é a sua retirada e, para isso, as mobilizações precisam continuar.”
José Maria dos Santos, secretário de Meio Ambiente da CUT/MG e presidente do Sindágua-MG, condenou as parcerias público-privadas (PPPs). “Por causa de uma PPP, os trabalhadores não podem mais entrar no Mineirão. Com as PPPs, a tendência é o preço da água subir, sem que a qualidade melhore. Hoje, com as mobilizações e paralisações, demos o primeiro passo para um grande vitória.”
Segundo Carlos Magno de Freitas, vice-presidente da CUT/MG, as manifestações que antecederam o Dia Nacional de Luta colocou o mundo do trabalho na pauta política e a grande mídia não pôde ignorar isso. “Depois das grandes manifestações de rua, que incorporaram pautas da classe trabalhadora, a grande mídia é obrigada a nos dar voz. Os protestos refletem que o mundo do trabalho não está satisfeito e o quanto é importante a nossa unidade política neste momento em que todos cobramos mudanças no país.”
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região, Geraldo Valgas, o Dia Nacional de Luta vai ficar marcado na história. “Conseguimos unificar as centrais e os movimentos sociais e levar para a população pautas importantíssimas como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, sem redução dos salários, e o fim do fator previdenciário.”
Prefeito
Assim como fizeram pela manhã na Assembleia Legislativa, quando protocolaram a pauta da classe trabalhadora ao presidente da Casa, o deputado estadual Dinis Pinheiro, as centrais tentaram entregar o documento ao prefeito Marcio Lacerda, que se recusou a receber uma comissão do movimento. Por isso, o protesto em frente à Prefeitura de Belo Horizonte foi um dos mais contundentes.
De lá, a marcha passou pelo sede do Banco Central, no Bairro Santo Agostinho. Dezenas de manifestantes entraram uma área próxima à portaria e hastearam bandeiras do MST e de outros movimentos sociais nos mastros. O protesto, na porta do BC, além de simbolizar as demandas do governo federal, condenou a alta de 0,5% da taxa de juros, anunciada na quart-feira (10).
No trajeto para a Assembleia Legislativa, a marcha recebeu o reforço de milhares de trabalhadores e trabalhadoras em educação do Estado de Minas Gerais, que se uniram ao movimento após realizar assembleia estadual. O ato seguinte aconteceu em frente à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Nas falas, os manifestantes lembraram que, por causa da terceirização, morre um trabalhador a cada 45 dias na empresa em acidente de trabalho, que a companhia cobra a maior tarifa do Brasil e transfere bilhões de reais para acionistas,como a Andrade Gutierrez. Todos foram convocados a participar do Plebiscito sobre a tarifa de energia, que será realizado em outubro.
Num dos momentos mais emocionantes da mobilização, os manifestantes ocuparam o Elevado Castello Branco, que dá acesso à Região Noroeste de Belo Horizonte. Eles exigiram a mudança do nome do viaduto para Dona Helena Greco, ex-vereadora e ativista dos direitos humanos, falecida em 2011. De acordo com os manifestantes, o elevado deveria simbolizar a vida e não a morte, por lembrar um dos generais que presidiram o Brasil durante a ditadura militar e responsável por assassinatos e desaparecimentos de opositores do regime de exceção.
No protesto em frente à Rede Globo Minas, os manifestantes defenderam a democratização da comunicação e criticaram o monopólio da informação no país. “Não dá mais para seis famílias, que detêm o monopólio dos meios de comunicação, dizerem para os brasileiros o que eles podem ver. Esta empresa representa todo o conservadorismo no Brasil. A Globo está à margem da sonegação. Vocês sabiam que a emissora não paga ICMS, enquanto nós pagamos o imposto nas contas de telefone, de luz e de TV a cabo”, denunciou Lindolfo Fernandes, presidente do Sindifisco.
“Esta emissora significa muito para os governos de Minas e para o poder econômico. Não vou me esquecer nunca os 20 segundos que davam aos educadores nas greves e as gravações de estúdio com o governador Antonio Anastasia e a secretária de Administração Renata Vilhena, para que eles pudessem mentir para a população. Queremos a democratização da comunicação, que os meios de comunicação nos respeitem, não manipulem as informações, passem a ouvir o povo. O recado está dado e tem outros veículos que merecem a nossa visita. O recado está dado também ao PSDB. Quem acordou agora não vai dormir até 2014”, afirmou a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira.
Repercussão na mídia do Dia Nacional de Luta em Minas Gerais
G1 - Dia Nacional de Luta tem protestos pacíficos em Belo Horizonte
R7
Protestos deixam 400 mil sem ônibus e metrô em Belo Horizonte
Manifestação em BH leva 7.000 pessoas às ruas
http://noticias.r7.com/minas-gerais/manifestacao-em-bh-leva-7000-pessoas-as-ruas-da-capital-11072013
Super Notícia - Presidente da ALMG recebe representantes das centrais sindicais
Estado de S. Paulo - Manifestação em BH reúne cerca de 4 mil pessoas
Estado de Minas
Manifestação com mais organização, mas com menos adesão
Falta de transporte provocou prejuízos ao comércio
Marcha assusta lojistas
Veja como foi o Dia Nacional de Lutas em BH
O Tempo
Manifestação reúne mais de 7 mil pessoas nas principais ruas de Belo Horizonte
Em dia de protestos, manifestante vão às ruas do interior
Rodovias do interior são liberadas após manifestações
Presidente da ALMG recebe representantes das centrais sindicais
Hoje em Dia
Mais de 190 mil são afetados pelas paralisações do transporte coletivo
Uol
Manifestação em Belo Horizonte tem ex-ministro de Lula, sindicalistas, deputados e ex-prefeito da capital
Rede Globo Minas
Manifestantes fazem passeata por ruas e avenidas em Belo Horizonte
Veja o resumo dos protestos no interior de Minas
TV Alterosa - SBT
Manifestantes percorrem avenidas da Capital em dia de protestos
Protestos se espalham pelas cidades mineiras
Dia de manifestações complica o trânsito e afeta o comércio em BH
Band News
Greve em BH leva 6 mil trabalhadores às ruas
Tribuna de Minas - Juiz de Fora
Paralisações atingem várias categorias
http://www.tribunademinas.com.br/politica/paralisac-es-atingem-varias-categorias-1.1309712
Jornal de Montes Claros
Integrantes dos movimentos sociais desocupam Codevasf
Dia Nacional de Luta - Uma grande manifestação deverá tomar as ruas de Montes Claros
Triângulo Mineiro
Correio de Uberlândia
Manifestações levam 600 pessoas às ruas
Jornal da Manhã
Dia de Luta mobiliza professores estaduais e servidores da UFTM
http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,2,CIDADE,83041
Vale do Aço
Diário Popular
Sindicatos da região aderem às manifestações nacionais
http://www.diariopopularmg.com.br/vis_noticia.aspx?id=5752
Diário do Aço
Região adere ao Dia Nacional de Lutas
http://www.diariodoaco.com.br/noticias.aspx?cd=73520
Belo Oriente adere às manifestações da CUT
http://www.diariodoaco.com.br/noticias.aspx?cd=73522
Manifestantes fecham as ruas de Coronel Fabriciano
http://www.diariodoaco.com.br/noticias.aspx?cd=73381
Correio do Sul
Manifestantes fecham a MG-179 por uma hora em Pouso Alegre
http://www.correiodosul.com/novo/Noticia.asp?ID=15745
Movimentos sindicais fecham o trânsito no Centro de Varginha
http://www.correiodosul.com/novo/Noticia.asp?ID=15740
Diário do Rio Doce
Movimentos sindicais e sociais param o centro de Valadares
http://www.drd.com.br/news.asp?id=50089729097425937651