Escrito por: Aduemg
Paralisação da atividades começou no dia 2 de maio, devido à falta de acordo salarial com o governo de Romeu Zema (Novo)
Na tarde de quarta-feira, 8 de maio, docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) realizaram a maior assembleia geral presencial de sua história em Belo Horizonte. Professoras e professores de diversas unidades acadêmicas da capital e do interior estiveram na praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para deliberar sobre o movimento grevista e os próximos encaminhamentos.
Ainda de manhã a categoria docente e estudantes da Uemg participaram do Ato unificado da Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, cujo protesto foi contra a proposta de reajuste do funcionalismo público de apenas 3,62% - que não cobre nem as perdas inflacionárias de 2023 e 2024 - e demais ataques do governo estadual, como o aumento da alíquota e teto da contribuição do Ipsemg, entre outros. Na oportunidade, os docentes organizados pela Aduemg e estudantes protestaram pela falta de negociações por parte do governo e chamaram a atenção para as condições da universidade. Também estenderam uma faixa de 30 metros com os dizeres "UEMG EM GREVE", que se destacou nas ruas próximas à ALMG. A paralisação começou no dia 2 de maio, devido à falta de acordo salarial com o governo de Romeu Zema (Novo).
À tarde, a partir das 14h30 começou a assembleia geral presencial de docentes, histórica pela grande presença de docentes de toda a UEMG da capital e do interior. Após as saudações das entidades sindicais, movimentos e parlamentares, em apoio à greve docente, a diretora da Regional Leste do Andes-SN, Wilma Guedes, e o presidente da Associação Sindical dos Docentes da UEMG (Aduemg), Tulio Lopes, deram os informes dos últimos acontecimentos como as reuniões com a Seplag no dia 6 e com a Reitoria no dia 7. Apontaram que não o governo não apresentou propostas concretas, apontando os mesmos argumentos de impedimento, situação que tanto a diretoria executiva da Aduemg quanto o Comando Geral de Greve discordam.
Após os informes, ocorreram as intervenções dos participantes da plenária. Em todas as falas ficaram evidentes a necessidade de continuar a luta contra essa postura do governo estadual, contra a precarização do trabalho docente e contra os cortes do orçamento da UEMG. Destacaram também o crescimento e o fortalecimento do movimento grevista, e o importante apoio do movimento estudantil da universidade. Ao fim das 14 intervenções, a assembleia votou e aprovou a continuidade da greve por tempo indeterminado até próximo encontro.
Além de outras deliberações, foi aprovado o calendário de lutas para as próximas semanas:
- 9 a 15 de maio de 2024 – Plenárias e atividades locais.
- 9 de maio - Dia Nacional de Lutas em defesa das Universidades e Institutos Federais, e Cefets - 15 horas - Belo Horizonte.
- 10/05/2024 – Sexta-feira. Plenárias locais, atos e manifestações.
-13 de maio - Bom dia Zema! Manifestação em BH.
- 16 de maio - Assembleia Geral de Docentes da UEMG - Híbrida.
- 20 a 24/05 – Semana de Mobilização do ANDES-SN.
- 24 de maio - Assembleia Geral de Docentes da UEMG, presencial em Passos, no mesmo dia do ato estadual dos servidores públicos estaduais na mesma cidade.