Escrito por: ALMG
Em greve desde o dia 2 de maio, servidoras e servidores reivindicam do governo estadual reposição de 76% de perdas salariais acumuladas e ampliação da jornada de trabalho dos docentes de 20 para 40 horas
No dia em que servidores da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) se reúnem para decidir se continuam em greve, deflagrada em 2 de maio, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) debate, mais uma vez, as condições de trabalho dos professores, dos técnicos administrativos e dos analistas da instituição. Nesta quarta-feira, 12 de junho, a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social realiza audiência pública com essa finalidade, às 10 horas, no Auditório José Alencar.
A reunião, solicitada pelo presidente da comissão, deputado Betão (PT), antecederá a assembleia geral convocada pela Associação dos e das Docentes da Uemg (Aduemg) para as 14 horas, na Escola de Design da universidade (Rua Gonçalves Dias 1.434, Bairro de Lourdes, Belo Horizonte). De acordo com informações do gabinete do deputado, a proposta é de debater os impasses da negociação com o governo federal sobre as demandas dos servidores federais, durante audiência pública.
Em audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia na semana passada, servidores da Uemg e a reitora da instituição, Lavínia Rodrigues, explicaram que há um acordo firmado em 2016 com o governo estadual para incorporação de gratificações, ampliação do percentual de dedicação exclusiva e nova tabela na carreira. Eles reclamaram da falta de diálogo com o Estado e do descaso do governador com o pleito da categoria.
Os servidores reivindicam reposição de 76% de perdas salariais acumuladas e ampliação da jornada de trabalho dos docentes de 20 para 40 horas. Betão lamenta que as condições dos professores mineiros sejam as piores entre os servidores do Estado. “É uma luta contínua”, afirma.
Além da reitora da Uemg, já confirmaram presença na audiência pública os presidentes da Aduemg, Túlio César Dias Lopes, e da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Montes Claros (Adunimontes), Ildenilson Meireles Barbosa, bem como representantes de outras entidades de servidores.