Escrito por: Sintect/MG

Ecetistas denunciam arbitrariedades e pressão psicológica no CTCE-BH

Trabalhadoras e trabalhadores são vítimas do autoritarismo da chefia imediata, submetidos a condições precárias de trabalho e ameaçados de transferência para

 

Diante do sucateamento que está acontecendo nas maiores Estatais do País para acelerar o processo de privatizações, a mando do Imperialismo principalmente norte americano, com o aval do governo Bolsonaro, a direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), por intermédio da chefia imediata, vêm sendo a correia de transmissão desta política nefasta contra trabalhadoras e trabalhadores. 

O quadro de trabalhadoras e trabalhadores vem sendo reduzido dia a dia, principalmente através dos inúmeros Planos de Demissão Voluntária (PDV’s), Planos de Demissão Incentivada (PDI’s) e a falta de concurso público desde 2011. Sem a demanda de efetivo e a sobrecarga de trabalho, o absenteísmo vem aumentando de forma acelerada em todos os setores dos correios, afetando de forma desumana a saúde da categoria ecetista, com todo tipo de doenças, desde natureza física, psíquicas e causando até mesmo o aumento de dependência química.

Por outro lado, esta mesma chefia que exige metas absurdas dos funcionários não cobra da direção da ECT melhores condições de trabalho para preservar preventivamente a saúde dos empregados. Faltam mesas adequadas, cadeiras e armários com condições ergonômicas para execução dos trabalhos. Nesse cenário de tanta opressão e repressão o surgimento de enfermidades e os afastamentos são inevitáveis.

Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de Minas Gerais (Sintect/MG) recebeu diversas denúncias de trabalhadores do Centro de Triagem de Cartas e Encomendas (CTCE-BH), que a gestão do segundo turno está realizando atos de perseguição, obrigando o funcionário doente ir até a sua sala para dar “explicações” do seu afastamento. Ou seja, sofre assédio moral, uma vez que a gestão age como se fosse da Medicina do Trabalho, mesmo não tendo a mínima capacidade técnica para avaliar qualquer afastamento médico, apresentando ainda um gráfico de ausências e absenteísmo, que ao que foi repassado ao sindicato, é usado pela gestão do CTC- BH para transferir estes empregados para o CTCE Contagem, local completamente inóspito e isolado, tendo que realizar mais de 1,5 km de caminhada para ir e 2,2 km de caminhada na volta, até o ponto de ônibus na BR.

Essa é a situação vivida pelos companheiros do CTCE BH, segundo turno, onde a gestão da unidade quer “resolver” o problema de saúde dos trabalhadores ameaçando-os de transferências arbitrárias, mesmo doentes para o CTCE Contagem. Entre os ameaçados de transferência para o CTCE Contagem há caso de trabalhador com dificuldade de mobilidade, inclusive com parafusos no pé em decorrência de acidente antigo, o que causa dor em longas caminhadas.
Mas esse não é um fato isolado entre os trabalhadores em questão. É bom lembrar que os casos dos trabalhadores mencionados acima e demais já trabalharam no CTCE Contagem, conhecido como Carandiru, até o ano passado e foram transferidos para o atual local de trabalho justamente devido às péssimas condições de trabalho do CTCE Contagem. Basta reportar as inúmeras CT’s que o Sindicato enviou a ECT. Este prédio foi construído em local isolado, e a distância do ponto de ônibus até a porta do setor é, em média, 2 km, correndo todo tipo de risco como; assaltos e atropelamentos. 

 O Sintect/MG ciente da situação e continua intervindo em defesa dos trabalhadores. Não podemos aceitar tanta arbitrariedade por parte da chefia do CTCE-BH em resolver a questão da saúde, mudando o problema de lugar, como se Empresa não fosse à mesma no CTCE BH ou no CTCE Contagem. Exigimos a retratação pública da gestão da unidade para com os trabalhadores assediados e entendemos que essa atitude da gestão do CTCE-BH, se trata de uma perseguição aos trabalhadores doentes. Por fim, solicitamos que todos os trabalhadores que apresentarem qualquer tipo de atestado de saúde, sejam estes encaminhados para a medicina do trabalho, setor responsável e competente para avaliar e acompanhar a condição de saúde de cada ecetista.

Trabalhadoras e trabalhadores que passarem por situações semelhantes devem procurar, imediatamente o Sintect/MG, para que sejam as atitudes de assédio sejam denunciadas e cobradas as medidas cabíveis.