Escrito por: Sindieletro-MG

Eletricitários e Cemig iniciam negociações no dia 17

Sindieletro e outras entidades sindicais destacam importância da garantia de emprego, do aumento real e da manutenção de direitos

A primeira reunião de negociação somente vai acontecer 16 dias depois da entrega da pauta. A reunião foi agendada para o dia 17, ainda sem hora marcada. Pelo jeito as negociações vão chegar até o Natal. Acompanhe abaixo as informações da reunião da entrega da pauta.

Na reunião de entrega da pauta, em 1º de outubro, com a participação do presidente da Cemig, Djalma Morais, as entidades sindicais destacaram a importância da garantia de emprego, do aumento real e da manutenção de direitos no próximo Acordo Coletivo de Trabalho.

O coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, cobrou agilidade e seriedade nas negociações para evitar os transtornos da última campanha, quando o acordo foi fechado quase dois meses depois da data base. As entidades também defenderam a realização de concurso público, seleção interna e combate ao assédio na Cemig.

Na reunião, surgiram as primeiras contradições da Cemig. A empresa prioriza o debate quando lhe interessa, numa tentativa de cobrar eventuais perdas de receita do trabalhador. Mas restringe quando a categoria cobra, por exemplo, uma política de distribuição de lucros mais responsável.

Momento é de garantir emprego

O diretor do Sindieletro e presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU/CUT), Franklin Moreira Gonçalves, divergiu do representante da Cemig, lembrando que a distribuição de dividendos está relacionada à preocupação dos trabalhadores com o futuro da produção. O diretor do Sindieletro, Arcângelo Queiroz, reforçou a necessidade do debate sobre os dividendos, destacando que esse item da pauta está ligado à sobrevivência da Cemig e, por isso, interessa a toda a categoria.
 

Jairo Nogueira Filho disse que, num momento de mudanças no setor de energia, a categoria espera que a empresa demonstre consideração também pelos eletricitários. “Trabalhador nenhum quer ouvir diretor da empresa dizendo que por causa do acionista vai até para a guerra, enquanto que para o eletricitário não é dita nenhuma palavra sobre a garantia de emprego”.
 

O presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas de Minas Gerais, Everson de Alcântara Tardelli, lembra que há eletricitários em atividades de risco num cenário tenso, de demissões sem motivos e de mudanças no setor de energia. “O trabalhador precisa de tranquilidade para realizar o serviço com segurança”.