Escrito por: Rogério Hilário
Mais trabalhadores e trabalhadoras aderem ao movimento e categoria aprova a continuidade do movimento em assembleia em Belo Horizonte
Pedro Paulo Pinheiro fala durante assembleia dos trabalhadores e das trabalhadoras dos Correios em frente
A paralisação dos Correios, que completa seis dias nesta quarta-feira (5), se fortalece em Minas Gerais. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-MG), a adesão ao movimento cresce a cada dia, principalmente no setor de distribuição. Na manhã desta terça-feira, houve manifestações no Centro de Cartas e Encomendas (CCE) no Sion, que aderiu à paralisação e no bairro Dona Clara, próximo ao Anel Rodoviário.
O secretário-geral do Sintect-MG, Pedro Paulo Pinheiro, o Pepê, que coordenou a assembleia desta quarta-feira, os CCEs do Sion e do bairro Dona Clara aderiram à greve, que também vem crescendo no interior do Estado. “A paralisação se ampliou em Januária, Pirapora, Teófilo Otoni, Nova Serrana e Governador Valadares. Trabalhadores e trabalhadoras de cidades como Varginha, Três Corações e Três Pontas também aderiram. No Triângulo e Juiz de Fora ainda não fizeram assembleias, mas, quando forem realizadas, devem também parar. A greve vem pipocando nas cidades-pólo e isto está incomodando muito a empresa. Em estados como Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Paraná o movimento está muito forte”, disse Pedro Paulo.
“A empresa quer economizar com a transferência do pagamento do plano de saúde para trabalhadores e trabalhadoras. Ela é a única gestora do Correio Saúde desde sua criação, em 1985. Não vamos aceitar que a empresa, à luz do dia, descumpra um acordo e crie um plano privado”, afirmou o secretário-geral do Sintec-MG.
Pedro Paulo Pinheiro informou que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido de liminar para garantia de manutenção de 80% do efetivo operacional trabalhando feito pela empresa. A ECT queria que o TST considerasse a greve abusiva. O ministro presidente do tribunal, Carlos Alberto Reis de Paula, indeferiu o pedido. Ele determinou que a ação cautelar fosse distribuída à Seção Especializada de Dissídios (SDC) por entender que, para tomar qualquer decisão, é necessário analisar o que foi decidido na sentença normativa do dissídio coletivo de 2013, bem como as alterações realizadas pela ECT no plano de saúde.
Assista: