Escrito por: Rogério Hilário
CUT Minas, base CUTista no Estado, demais centrais, movimentos sindical, sociais, populares, estudantis e lideranças políticas se uniram na manifestação contra o governo genocida
Nem mesmo a chuva no início da concentração, na Praça Afonso Arinos, e muito menos o calor atípico no outono durante a marcha até a Praça Sete impediram que o grito “Bolsonaro Nunca Mais” tomasse conta de Belo Horizonte na manhã de sábado, 9 de abril. Foi mais um protesto marcado pela diversidade brasileira, com dirigentes, militantes e simpatizantes de todos os setores da sociedade com disposição para continuar nas ruas. A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), a base CUTista no Estado, demais centrais, movimentos sindical, sociais, populares, estudantis e lideranças políticas se uniram na manifestação contra o governo genocida. O bloco Sou Vermelho tocou durante a concentração e todo o trajeto da passeata.
Entre as lideranças políticas que participaram do ato, estavam a deputa estadual Beatriz Cerqueira, o deputado federal Rogério Correia e a vereadora Bella Gonçalves. Lideranças das organizações, partidos, movimentos e manifestantes avaliaram a mobilização como um “grande esquenta” para as disputas de ideias, narrativas e projetos de país até outubro de 2022. Nos cartazes e faixas isso ficou evidente.
No ato, contra o projeto político de Jair Bolsonaro, foi enfatizado que o povo brasileiro está sofrendo com o aumento dos preços dos combustíveis, do gás de cozinha, dos alimentos, do desemprego e da fome. Os manifestantes também dialogaram com a população da capital mineira sobre o aumento desenfreado da inflação vem corroendo os salários da classe trabalhadora, acentuando ainda mais a fome e a desigualdade social no país. O protesto de Belo Horizonte se somou a dezenas que aconteceram em todo o Brasil. A mobilização nacional “Bolsonaro Nunca Mais” tem como pauta a cobrança de investigações dos casos de corrupção envolvendo o governo federal, como o escândalo do aparelhamento do Ministério da Educação com pastores evangélicos.
Para o presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira, a manifestação, inserida na mobilização pela Campanha Fora Bolsonaro. “Em seis anos, o Brasil voltou à linha da miséria, com a queda da renda, dos índices de desemprego, de inflação, de carestia, de preços dos combustíveis, da cesta básica batem recordes por causa desta política econômica, pela dolarização da economia que aprofunda a desigualdade social e a fome. Com as propostas aprovadas, depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, com a reforma trabalhista e a reforma da Previdência, não foi cumprida a promessa de mais emprego e crescimento da economia. Além disso, o patrimônio do povo brasileiro e a soberania nacional, bem como o Estado democrático de direito, são ameaçados constantemente. E, em Minas Gerais, temos o reflexo desta política, com Romeu Zema. E as greves, atualmente em curso, e a CPI da Cemig têm um papel essencial de desnudar, desmascarar a gestão de Romeu Zema. Furar a bolha e dialogar com a população sobre o quanto é nociva esta gestão, que de diferente e eficiente não tem nada. Não podemos sair das ruas até derrubar estas políticas nefastas para toda a população e para a classe trabalhadora. Fora Zema e leva o Bolsonaro junto”, afirmou Jairo Nogueira.
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