Escrito por: Redação CUT-MG
Após pressão do Sindimetro/MG, empresa será obrigada a reintegrar oito funcionários demitidos
Após pressão do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG), a Justiça de Minas Gerais determinou nesta quarta-feira (10) a suspensão do processo de demissão coletiva promovido pela Metrô BH, empresa privada que assumiu a gestão do transporte metroviário de Belo Horizonte no ano passado. A concessionária planejava desligar 230 funcionários. Também foi determinada a reintegração de oito trabalhadores demitidos no começo de abril. A multa em caso de descumprimento é de R$ 10 mil por trabalhador. A decisão foi tomada pela juíza Renata Lopes Vale, da 40ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.
Daniel Glória Carvalho, secretário-geral do Sindimetro/MG, comemorou a decisão e lembrou que os trabalhadores do metrô foram ignorados durante o processo de privatização. “O processo de privatização foi tocado sem levar em conta a dignidade dos empregados, que tiveram vários direitos desrespeitados. Essa demissão dos 230 empregados foi um dos ataques mais agressivos. Diante de tudo que a categoria vem vivendo, vemos essa liminar como uma grande vitória”, disse o sindicalista.
A discussão sobre o desligamento em massa está sendo feita entre empresa e sindicato e mediada pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho. O contrato que rege a concessão do transporte à iniciativa privada previa estabilidade aos funcionários, que foram originalmente contratados pelo poder público, até meados de março. No início de abril, a concessionária iniciou os desligamentos.
Procurada pelo Brasil de Fato, a Metrô BH afirmou em nota que a estabilidade dos funcionários da antiga CBTU terminou em 23 de março de 2024 e que o plano de demissões foi lançado “a fim de continuar a adequação da empresa, mantendo a produtividade operacional”.
Com informações de Brasil de Fato MG e G1