Escrito por: Sindágua/MG

Mar de Lutas está de volta em defesa de Copasa e Cemig e contra privatizações

Trabalhadoras e trabalhadores,  convocados pelo Sindágua/MG, participam de manifestação em frente à sede da empresa, antes de participar de ato na ALMG

Sindágua/MG

Trabalhadoras e trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) não fogem à luta e voltaram a transformar a rua Mar de Espanha, em frente à sede da empresa, em mais uma manifestação gigantesca.  Do alto do caminhão, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Minas Gerais (Sindágua/MG), Eduardo Pereira, anunciava trabalhadores que chegavam de inúmeras localidades da empresa e que “a luta não era contra a Copasa, mas em sua defesa contra o projeto de privatização encaminhado por Romeu Zema para a Assembleia Legislativa”.

Eduardo denuncia “a prática do sucateamento na Copasa, como também na Cemig, destruindo a imagem da empresa com a contratação de pessoas sem a menor ligação com o saneamento em cargos que exigem especialização, enchendo os bolsos com altos salários, desrespeitando políticas  internas de Plano de Cargos Salários, descumprindo acordos coletivos como da PL Linear, distribuindo lucros estratosféricos para acionistas de uma empresa de serviços públicos fundamentais para a saúde da população, como é o saneamento”.

O Sindicato montou toda a estrutura para a participação dos trabalhadores, servindo almoço, água e capas de chuva, que veio refrescar nossa luta e não nos atrapalhou em caminhada até a Assembleia Legislativa, onde trabalhadoras e trabalhadores da Copasa se juntaram com várias outras entidades, entre elas o Sindieletro, Sind-UTE, Sindipetro e várias outras, somando luta contra a ameaça de Zema, que pretende mudar a Constituição de Minas para vender as principais empresas estatais do Estado. A manifestação, do Dia Estadual de Luta contra o Regime de Recuperação Fiscal de Romeu Zema demonstrou a disposição das categorias de ir até às últimas consequências para defender estas empresas.

Participaram do ato os deputados estaduais Beatriz Cerqueira (PT), Betão (PT), Professor Cleiton (PV) e Lohanna (PV) e o vereador Bruno Pedralva (PT).

Zema articula na assembleia apoio para impedir a consulta ao povo através de plebiscito se apóia ou não as privatizações das estatais e diminuir o quórum constitucional para vender as empresas, caindo de 47 (3/5 dos 77 deputados estaduais) para 39 parlamentares em maioria simples na votação da privataria.

A mobilização contra a agressão à Constituição de Minas para vender as estatais se soma à mobilização também contra o Regime de Recuperação Fiscal de Romeu Zema, que traz mudanças como o fim dos concursos públicos e para ressuscitar nas empresas a prática do cabide de empregos e fisiologismo político.

Várias iniciativas de defesa das estatais e mobilização popular estão sendo agendadas, com exigência de audiências públicas, acionando a participação do Ministério Público, mobilizando deputados e executivos municipais em todo o Estado.