Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindimetro/MG e do jornal O Tempo
Em assembleia geral realizada na Estação Central do Metrô, em Belo Horizonte, na terça-feira, 13 de setembro, depois de várias assembleias setorizadas nesta e na semana passada, metroviárias e metroviários fizeram todas as avaliações e ponderações a respeito do movimento e decidiram pela continuidade da greve. Será mantida escala mínima de 60% das viagens, estabelecida pelo desembargador César Pereira da Silva Machado Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), e o Sindicado dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) já está providenciando interpelar na Justiça o descumprimento, pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), do que determinou o desembargador a respeito da greve, que nesta quarta-feira completou 21 dias.
E assim que sair o edital da privatização, além de analisá-lo com todos os critérios jurídicos o Sindicato convocará nova assembleia dos trabalhadores para darem novo rumo ao movimento. A luta contínua é necessária, toda categoria deve permanecer unida pela garantia dos empregos para os quais fizeram concurso.
Metroviárias e metroviários são contra o processo de privatização da Superintendência de Trens Urbanos (STU-BH) da CBTU, cujo edital de concessão pode ser publicado ainda este ano. O Sindimetro/MG já denunciou que o processo de privatização do Metrô, aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no mês passado, vai resultar na demissão de 1,6 mil concursados que atuam na CBTU. A contraproposta, feita pelo governo federal, inclui apenas um plano de estabilidade de 12 meses a trabalhadoras e trabalhadores.
Segundo o presidente do Sindimetro/MG, Daniel Glória Carvalho, não há negociação em aberto com o governo federal ou com a CBTU.