Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindimetro/MG e Diário do Transporte

Metroviárias e metroviários de Belo Horizonte decidem manter paralisação

Sindimetro/MG

Metroviárias e metroviárias de Belo Horizonte, que paralisaram totalmente as atividades no dia 14 de fevereiro, aprovaram, em assembleia geral realizada na manhã desta quarta-feira, 22 de fevereiro, na sede da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), no bairro Colégio Batista, manter a greve por tempo indeterminado até que sejam abertas, oficialmente, negociações com o governo federal.

Nesta sexta-feira, 24 de fevereiro, às 7 horas, será realizada uma manifestação da categoria, juntamente com apoiadores do movimento, em frente ao complexo do Pátio São Gabriel (PSG). No sábado (25), será feita nova assembleia, às 10 horas, na Estação Central, na Praça da Estação.

Trabalhadoras e trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG), que administra o Metrô de Belo Horizonte, estão em greve geral visando sensibilizar a população toda e seus representantes no legislativo e a Presidência da República, notadamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com vistas a interromper o processo de privatização, ou melhor, de "doação" para corporações particulares.

A categoria e o transporte metroferroviário urbanos de passageiros, um serviço essencial para o povo de Minas Gerais, pedem que o leilão que viabilizou a venda do Metrô seja revogado e que os 1.600 empregos de metroviárias e metroviários concursados sejam preservados.

Nesta sexta-feira, 24 de fevereiro, às 7 horas, será realizada uma manifestação da categoria, juntamente com apoiadores do movimento, em frente ao complexo do Pátio São Gabriel.

A categoria, representada, organizada e coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG), decidiu paralisar totalmente as atividades para pressionar a revogação do leilão realizado em 22 de dezembro e contra a privatização da CBTU-MG. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região  bloqueou as contas do Sindimetro/MG. A Justiça determinou frota mínima de 70% e equipe de segurança atuando em 100% durante as jornadas de trabalho. A multa diárias pela paralisação foi estipulada em R$ 100 mil e elevada para R$ 150 mil durante o período de Carnaval.