Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindimetro/MG e Brasil de Fato Minas Gerais
Categoria atende pedido de desembargador do TRT e concede prazo de 20 dias para que o governo federal e a CBTU se posicionem sobre as reivindicações de trabalhadoras e trabalhadores
Na assembleia realizada no sábado, 5 de fevereiro, na Estação Central, na Praça da Estação, a categoria metroferroviária de Belo Horizonte decidiu atender o pedido do desembargador César Pereira da Silva Machado Júnior, para adiar o início da greve por um prazo de 20 dias para que o governo volte a ser instado a atender o pleito de trabalhadoras e trabalhadores. No dia 1º de fevereiro, em assembleia, a categoria havia decidido deflagrar a paralisação na segunda-feira (7).
Metroviárias e metroviários estarão na audiência do dia 24 de fevereiro, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), na expectativa de que o governo atenda às reivindicações da categoria. Caso isso não ocorra a greve terá início no dia 25 de fevereiro com a mesma escala aprovada na assembleia anterior, ou seja, o metrô funcionará no horário das 10 horas às 17 horas.
A categoria reivindica do governo federal e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informações sobre como ficará a situação dos trabalhadores no processo de privatização do metrô, em curso desde o ano passado.
Em nota, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) afirma que a “greve é uma medida necessária diante dos desmandos e manobras do governo e da direção da empresa” e que a paralisação do serviço “afetará em cheio os usuários do metrô, mas é uma situação limítrofe entre a privatização da empresa e a demissão dos funcionários concursados”.
O sindicato ainda ressalta que os metroviários trabalharam durante toda a pandemia e que agora buscam o apoio dos usuários em “defesa da empresa pública e com tarifas acessíveis a todos os trabalhadores. Lembramos também que nossa luta é por tarifas sociais no metrô, ao contrário do vem acontecendo de aumentos abusivos”.
Paralisação anterior
Metroviárias e metroviários completaram quase um mês de greve, de 23 de dezembro a 20 de janeiro deste ano, quando suspenderam a paralisação para possíveis negociações.