Escrito por: Rogério Hilário

Metroviárias e metroviários, em greve desde 14 de fevereiro, voltam a Brasília

Categoria realiza ato e participa de audiência com ministérios na luta pela suspensão da assinatura da concessão do Metrô de Belo Horizonte e pela garantir de manutenção de 1.600 empregos

Rogério Hilário

Metroviárias e metroviários de Belo Horizonte estarão na manhã desta quarta-feira, 8 de março, em Brasília, onde participam de Ato em frente ao Palácio do Planalto, a partir das 9 horas, durante audiência de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Metroviários e Conexos (Sindimetro/MG) com ministros para encontrar soluções para as demandas da categoria, que está em greve total desde o dia 14 de fevereiro. Trabalhadoras e trabalhadores deixaram a capital mineira em caravana no final da tarde desta terça-feira, 7 de março, após assembleia na Estação Central, em que decidiram manter a paralisação de 100% das atividades.

Na reunião, o diretor Pedro Henrique Martins Vieira comunicou à categoria que a presidenta do Sindimetro/MG, Alda Lúcia Fernandes dos Santos, o secretário-geral Daniel Glória Carvalho e outros dirigentes foram chamados para reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), órgão fundamental para a assinatura da concessão do Metrô de Belo Horizonte para a empresa Comporte. Além disso, ele disse que o grupo que estuda a revogação do Inciso III do Artigo 6º da Resolução CPPI 206 ainda buscava soluções para a demanda. O documento, assinado em dezembro de 2021, impede a transferência de servidoras e servidores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG), criada com objetivo de privatizar o Metrô, para outras unidades da CBTU Nacional. Caso o item da Resolução seja retirado, trabalhadoras e trabalhadores voltam a ser da Administração Central da CBTU Nacional.

Na audiência, às 9h30 de quarta-feira, será com representantes do Ministério das Cidades, Ministério Público do Trabalho (MPT), o ministro-chefe da Casa Civil e diversas outras autoridades para dar uma solução sobre o emprego dos 1.600 funcionários da CBTU-MG.

“Vamos a Brasília pressionar o governo, como fizemos na ocupação do dia 28 de fevereiro. Estamos lutando em duas frentes: a revogação do inciso da Resolução 206 ou a suspensão da assinatura da concessão da Companhia Nacional de Trens Urbanos (CBTU-MG) para a empresa que ganhou o leilão do dia 22 de dezembro. Esta quarta-feira é um dia decisivo para nós, o dia mais importante desde dezembro de 2021. Estaremos na capital federal com ímpeto, disciplina e organização. Nossa greve ganhou força, dimensão nacional. Está no noticiário diário da mídia e apresentamos as nossas pautas. Conseguimos furar a bolha. Com a resistência, a pressão, conseguimos abrir as negociações e estamos perto de uma solução para as nossas demandas”, disse Pedro Vieira.