Na primeira audiência, quarta-feira em Brasília, as negociações não avançaram e nova reunião está marcada para o dia 16 de março. Trabalhadoras e trabalhadores decidem, em assembleia, manter a paralisação total
Metroviárias e metroviários de Belo Horizonte decidiram manter a greve em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 9 de março, na Estação Central, na Região Centro-Sul da capital mineira. A audiência para tentar formalizar uma solução sobre o futuro dos 1,6 mil funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Belo Horizonte (CBTU-MG), na quarta-feira (7), em Brasília, terminou sem acordo. Uma nova audiência para discutir a pauta está marcada para a próxima quinta-feira, 16 de março.
A categoria volta a se reunir em assembleia nesta sexta-feira, às 18 horas, também na Estação Central. A assinatura do contrato para concessão do Metrô para a empresa Comporte Participações S/A está programada para esta sexta-feira e a categoria espera que a transferência da CBTU-MG seja adiada ou suspensa até que se chegue a uma solução que garanta os empregos de metroviárias e metroviários de Belo Horizonte.
Até a próxima audiência, foi pedido ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) que considerasse a possibilidade de suspender total ou parcialmente a paralisação. A categoria negou este pedido.
Para a próxima reunião na capital federal, serão convidados o ministro da Casa Civil e o secretário-geral do Ministério das Cidades. A intenção é chegar a um acordo por definitivo.
A audiência de quarta-feira, em Brasília, foi conduzida pela vice procuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gugel; o subprocurador-geral do Trabalho, Francisco Gérson Marques de Lima; e o procurador regional do Trabalho da PRT3, Helder Santos Amorim, Coordenador do Grupo Especial de Atuação Finalística CBTU-MG. Além dos dirigentes do Sindimetro/MG, a advogada Leandra Patrícia de Oliveira; José Marques, pela CBTU/AC (Nacional – Administração Central); Danilo César Ramos Duarte, pela CBTU-MG; Ricardo Quintas Carneiro, assessor jurídico da CUT/DF; Daniel Costa Reis, Niomar de Sousa Nogueira e Henrique da Silva Carneiro, pela Advocacia-Geral da União (AGU); Kelli Cristine de Oliveira Mafort e Renata Almeida D’Ávila, pela Secretaria Geral da Presidência; Karoline Busatto, pelo SEST/Ministério da Gestão e Inovação; Renato Bigliazzi, pela Secretaria Coordenação e Governança/ SESTMGI; Fernanda Morais e Jamaci Avelino do Nascimento Júnior, pelo Ministério das Cidades.
Enquanto acontecia a reunião do Ministério Público do Trabalho, cerca de 100 metroviárias e metroviários fizeram o protesto em frente ao Palácio do Planalto. Os manifestantes pediram ao presidente Lula (PT) que interfira no processo de privatização do Metrô de Belo Horizonte.