Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Brasil de Fato Minas Gerais

Milhares voltam às ruas de Belo Horizonte para gritar “Fora Bolsonaro”

Manifestação em Belo Horizonte une centrais sindicais, movimentos sociais, populares e estudantis, partidos políticos, religiões e artistas na maior mobilização do ano

Rogério Hilário

Milhares de pessoas saíram às ruas de Belo Horizonte neste sábado, 2 de outubro, Dia Nacional de Luta. A principal bandeira da manifestação, a maior do ano na capital mineira, foi a luta pelo impeachment de Jair Bolsonaro. Todas e todas foram convocadas e se uniram a integrantes, representantes e militantes de mais de 100 entidades, partidos políticos, de religiões, movimentos sindical, sociais, estudantis e populares. A concentração começou por volta das 15 horas, em frente ao Palácio do Governo, na Praça da Liberdade. A passeata teve início após as falas de dirigentes de partidos, lideranças políticas e representantes dos movimentos sindical e sociais. No trajeto, até a Praça Sete, passando pela Avenida Brasil, Praça Tiradentes e Avenida Afonso Pena, os manifestantes dialogaram com a população de Belo Horizonte, que, dos prédios deram apoio às pautas do ato.

As pautas políticas foram dialogadas com a população, que tem apoiado os protestos contra o governo da fome, da morte, responsável por quase 600 mil mortes com uma gestão genocida da pandemia de Covid-19, pelo desemprego, pela carestia, e cujo projeto tem for finalidade a a destruição das políticas sociais, a entrega do patrimônio do povo brasileiro, os ataques aos direitos e conquistas da classe trabalhadora, e a servidoras e servidores e dos serviços públicos, com a PEC 32, da reforma administrativa. Durante o protesto, os manifestantes repudiaram o alinhamento do governador Romeu Zema com a política entreguista e privatista de Jair Bolsonaro, que tem como principal proposta a venda de empresas públicas e o Estado mínimo.  A próxima grande mobilização “Fora Bolsonaro” está programada para 15 de novembro em todo o Brasil.

Além do ato deste sábado, outra agenda nacional está acordada entre os organizadores. O 15 de novembro também será um dia de luta contra Bolsonaro. Jairo Nogueira Filho,  presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), explica que as duas agendas trazem como pauta central o impeachment do presidente, já que há diversos indícios de fraudes e crimes de corrupção desvendados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.

Além disso, na opinião de Jairo, é insustentável a crise econômica e social pela qual passa o país, levando a população ao desemprego e ao drástico empobrecimento. “É nosso papel fazer a luta, denunciar o governo e construir um novo cenário para as eleições do ano que vem, para que o povo não caia na ilusão que é o Bolsonaro”, aponta. 

A política econômica adotada pelo governo federal, e encabeçada pelo ministro Paulo Guedes, levou o Brasil de volta ao Mapa da Fome, além de encarecer o preço do gás e da cesta básica. Esse fato, na avaliação de Stefanio Marques, que é assessor político do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região, já é um fator que induz a articulação de organizações políticas distintas em torno da pauta Fora Bolsonaro.  

“Não dá mais para deixar esse governo no poder. Porque a cada dia de Bolsonaro, são mais vidas perdidas, é o povo adoecendo, é retirada de direitos, é povo morrendo de fome. O impeachment precisa ser agora, porque não dá para esperar 2022, porque não sabemos o que pode acontecer. Por isso é fundamental construir esse acúmulo com todos que querem o Fora Bolsonaro”, ressaltou.

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