Escrito por: Rogério Hilário, com informações do mandato da deputada Beatriz Cerqueira e do jornal O Tempo
Integrantes da comissão decidiram fazer uma observação pelo entorno da mineradora para analisar os trabalhadores realizados no local
A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa, liderada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), teve a entrada barrada na mineradora Gute Sicht, no bairro Taquaril, em Belo Horizonte, quando tentava fazer uma visita técnica à empresa, investigada por suposta atividade irregular, na manhã desta segunda-feira, 6 de junho. A terceira visita técnica faz parte das atividades em defesa da Serra do Curral e cumpre a missão de mostrar os ataques que a serra tem sofrido, as ilegalidades e a necessidade de proteção. Ainda nesta segunda-feira, será realizada uma audiência pública sobre o tema.
Integrantes da comissão decidiram fazer uma observação pelo entorno da mineradora para analisar os trabalhadores realizados no local. A deputada Ana Paula Siqueira (Rede), as vereadoras de Belo Horizonte, Bella Gonçalves (Psol) e Duda Salabert (PDT), e o vereador de Moeda, Ednei Antunes (Solidariedade), também acompanharam a atividade.
"A mineradora Gute atua de modo ilegal e é inacreditável que, diante da ilegalidade não tenha sido interrompida pelo governo do Estado e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, tendo começado a operar antes mesmo do termo de ajuste de conduta e que agora continue, em total desrespeito à população. A visita também será espaço de escuta da população. Esperamos, ao final, contribuir, cobrando medidas mais efetivas do governo do Estado, que tem agido como verdadeiro empreendedor da mineração. Precisamos que governo mude de postura, considerando as consequências devastadoras e irreparáveis da mineração para a nossa Serra do Curral," explicou Beatriz Cerqueira autora do requerimento para a visita.
No último dia 25 de maio, a mina Boa Vista - empreendimento que está localizado na serra do Taquaril, uma área no limite entre a capital e Sabará -, foi interditada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Dois dias depois, a mineradora foi multada em R$ 25 mil após ignorar a interdição e seguir com a mineração no local.
Ainda de acordo com a PBH, a interdição da mina ocorreu após os órgãos municipais concluírem que o empreendimento funcionava sem licenciamento ambiental, com base apenas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Gute Sicht e o Estado de Minas Gerais. O termo foi assinado em 2021 sem a participação de Belo Horizonte, apesar da mineração ocorrer em uma área da serra do Curral que é tombada pelo município.