Escrito por: Sindágua-MG

Mobilização trava mais uma vez privatização da Copasa na CCJ

Superamos intensa pressão do governo Zema, com reuniões na terça e quarta-feira, em dois expedientes buscando aprovar o golpe

Guilherme Dardanhan/ALMG

Os trabalhadores e todos que estão na defesa das estatais mineiras devem entender que, a depender da mobilização, o governo Zema e os deputados que traírem os direitos sociais e constitucionais do povo mineiro pagarão caro com a tentativa de privataria sobre a Copasa.

Nesta quarta-feira (10/9), mais uma vez, a mobilização do Bloco Democracia e Luta impediu o avanço do entreguismo e bloqueou a votação do parecer sobre a legalidade da PEC 24/2023, que pretende fazer modificações na Constituição Mineira e tirar do povo o direito de se manifestar sobre a venda de empresas estatais de serviços públicos, um “Cala a Boca” não apenas sobre a população, mas também sobre os próprios deputados, diminuindo o quórum para aprovar a privatização de 48 para 39 votos.

Nova reunião foi marcada para segunda-feira, dia 15, às 15h30, para que os entreguistas voltem à carga na tentativa de destruir o patrimônio estatal de saneamento e vendê-lo a preço de banana, bem ao gosto do governador que as come com casca e tudo.

Convocamos a mobilização de todos e todas para lotarmos a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na segunda-feira, para impedirmos o golpe contra a Copasa.

Denúncia pesada a ser apurada 

Além das manifestações importantes de deputados do Bloco Democracia e Luta e entrevista do diretor do SINDÁGUA, Milton Costa, que repercutiu na imprensa, tivemos uma denúncia gravíssima da deputada Bella Gonçalves, com um depoimento que reproduzimos a seguir:

“A Comissão de Constituição e Justiça não pode anuir que o nosso patrimônio seja rifado desta forma por uma quadrilha de banqueiros da Faria Lima. Querem, mais uma vez, vender a preço de banana o nosso patrimônio, dessa vez a Copasa, para valorizarem as próprias ações bancárias em um esquema de corrupção escancarado. O ex-presidente da Copasa está em uma empresa no mesmo endereço da Perfin, que é a empresa que comprou 5% das ações da Copasa, que vão valorizar 25% em menos de um mês. Dez dias antes da compra das ações, o governador do Estado, Romeu Zema, se reúne com André Esteves, do BTG Pactual. Dez dias depois, 5% das ações da Copasa são compradas pelo Perfin, que é do BTG Pactual, e o comprador está exatamente no mesmo prédio do ex-presidente da Copasa, atualmente conselheiro, Guilherme Duarte. Não dá para botar tudo num bloco e autorizar a privatização com corrupção e lavagem de dinheiro”.