Escrito por: Sindieletro/MG
Sindieletro/MG entende que a redução do número de trabalhadores do quadro próprio obriga os que ficam a enfrentar jornadas exaustivas e lidar com atividades complexas precocemente
Há um ano perdíamos o colega Gabriel Luciano, eletrocutado durante um serviço de manutenção na subestação Pai Joaquim, em Santa Juliana, no Triângulo Mineiro. Luciano tinha apenas 27 anos e sofreu um choque elétrico de 13.800 volts. Apesar de ter sido socorrido pela própria equipe, faleceu no dia 3 de julho a caminho do hospital de Uberaba.
Infelizmente o acidente não é caso isolado: na época, somou-se a uma série que vinha acontecendo na empresa. O presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Reynaldo Passanezi, manifestou seu pesar em vídeo. Nosso coordenador geral, Emerson Andrada, respondeu: “Dizer que lamenta muito e que está triste ao mesmo tempo em que sua gestão é responsável pelo maior número de acidentes dos últimos 20 anos, responsável pelo maior número de acidentes com linha viva da história da Cemig, é, no mínimo, um deboche com a categoria”.
“Se você quer ser solidário, primeiro comece a cuidar da categoria”, continuou. “Determine a revisão das práticas de segurança. Mudar essa realidade exige acabar com a ocultação de acidentes do trabalho, acabar com o revanchismo de gestão”.
O Sindicato Intermunicipal na Indústria Energéticade Minas Gerais (Sindieletro/MG) entende que a redução do número de trabalhadores do quadro próprio obriga os que ficam a enfrentar jornadas exaustivas e lidar com atividades complexas precocemente. O assédio como instrumento de gestão, o acúmulo de funções, a ocultação da ocorrência de acidentes, a tratativa escusa de casos de adoecimentos e a primazia por produtividade em detrimento da vida do trabalhador têm feito uma vítima atrás da outra.