Escrito por: Rogério Hilário, com informações da Rádio Itatiaia
Ministro-chefe Márcio Costa Macêdo se encontra com dirigentes na sede da CUt/MG e se compromete a levar demandas e encontrar respostas às reivindicações da classe trabalhadora
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Costa Macêdo, recebeu, na tarde de sexta-feira, 14 de junho, na sede da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), em Belo Horizonte, as pautas dos movimentos sindical e sociais. Pela manhã, acompanhado de parlamentares, ele participou de visita técnica na área do antigo Aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte. O local está sem uso há pouco mais de um ano e o terreno deve ser utilizado para a construção de um novo bairro, com casas do programa Minha Casa Minha Vida, em parceria com o governo federal.
Márcio Macêdo de comprometeu a levar todas as demandas dos movimentos sociais às esferas específicas do governo federal e garantiu que o papel do Executivo é ouvir sempre e “fazer as entregas do que é reivindicado pelos representantes de todos os segmentos do povo brasileiro”. Do encontro, na sede da CUT/MG, participaram o deputado federal Rogério Correia (PT), os vereadores Bruno Pedralva (PT) e Pedro Patrus (PT).
O presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho, apresentou ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, pautas pontuais para a classe trabalhadora e o povo mineiro, relativas, principalmente, aos enfrentamentos com o governador Romeu Zema (Novo).
“Nós temos a questão das reformas que passaram, a trabalhista e da Previdência. Temos a negociação do financiamento sindical, que ainda não conseguiu avançar. No entanto, há pontos específicos em Minas Gerais e precisamos muito da sua ajuda. Saiu uma matéria provocativa, nos grandes jornais, que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), está pautando a questão da dívida do Estado e a federalização das estatais mineiras. Zema está dizendo por aqui que vai aderir ao Regime de Recuperação Fiscal. Precisamos, urgentemente, movimentos sindical e sociais, de um espaço com o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Acertar com ele qual é a proposta do governo com relação à dívida do Estado de Minas Gerais e a proposta de possibilidade de federalização das nossas estatais. Que segurança teremos de estas empresas não serem privatizadas em outros governos. Precisamos dar esta tranquilidade ao povo mineiro”, afirmou.
“Isto é importante para que a gente possa ir para cima do Zema no embate sobre a dívida do Estado, que está crescendo. Está chegando a R$ 180 bilhões. E Zema está nadando de braçadas. Não paga nada da dívida. O Estado tem R$ 34 bilhões em caixa e, mesmo assim, ataca trabalhadoras e trabalhadores. Na semana passada, deu um reajuste ínfimo de 4,62% para o funcionalismo, sendo que a inflação acumulada ultrapassa 10,7%. Então, precisamos desta ajuda do governo federal. Se possível, sentarmos com o ministro Haddad para discutir e darmos nossa contribuição nesta proposta da agenda de Minas Gerais e na possibilidade de federalização das estatais mineiras.”