Escrito por: Rogério Hilário

Mulheres ocupam as ruas de BH contra violência, machismo e racismo

Durante a manifestação, todas e todos se uniram nos gritos por igualdade, liberdade, emprego, saúde, educação, “Bolsonaro nunca mais, Zema nunca mais”.

Rogério Hilário

As mulheres ocuparam as ruas da Região Central de Belo Horizonte nesta terça-feira, 8 de março de 2022, dia muito importante na luta e nas ações de resistência contra o atual quadro de violência. O Ato pela Vida, Pelo Fim do Machismo e Pelo Fim do Racismo, convocado pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e demais centrais, uniu mulheres e apoiadores representados por entidades sindicais, movimentos sociais, estudantis e populares e representantes dos povos indígenas – mulheres Xucuu Kariri da comunidade Arapoã Kakya, de Brumadinho. Milhares de pessoas também levaram às ruas da capital mineira pautas como a defesa dos direitos, dos empregos, da saúde, da comida e da educação.

Durante o ato, várias cantoras, entre elas Aline Calixto, e músicos se apresentaram. Os manifestantes foram acompanhados também por baterias, com as do Levante Popular da Juventude A concentração aconteceu na Praça da Liberdade e a marcha seguiu até a Praça da Estação, passando pela Praça Sete. Durante a manifestação, todas e todos se uniram nos gritos por igualdade, liberdade, “Bolsonaro nunca mais, Zema nunca mais”.

No trajeto, já na Avenida Afonso Pena, os manifestantes se encontraram com trabalhadoras e trabalhadores em educação que, em assembleia estadual, realizada na Assembleia Legislativa, aprovaram greve por tempo indeterminado. A categoria exige que o governador Romeu Zema cumpra o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).

“Estamos nas ruas, neste 8 de Março, nós mulheres CUTistas, juntamente com representantes de diversos movimentos, para protestar contra governos que interferem negativamente nas nossas vidas, como os de Romeu Zema e de Jair Bolsonaro. E dizer para a sociedade que não nos matem. As mulheres têm que ser respeitadas, não assassinadas, como vem acontecendo neste país. Vamos seguir ocupando as ruas de Minas pela igualdade de direitos, pelo emprego, em defesa da educação, da saúde, contra violência, o machismo e o racismo. Viva as mulheres de todo o Brasil. Nós fazemos a história deste país”, disse Lourdes Aparecida de Jesus, secretária-geral da CUT/MG e uma das coordenadoras do ato.

“Queremos mudanças no Brasil. As mulheres é que vão fazer as mudanças. Nós mulheres vamos ocupar as ruas contra a fome, o desemprego, a desigualdade. Lutar por um governo verdadeiramente democrático que nos faça sorrir de novo. E precisamos de mais mulheres no poder Legislativo e em todas as instâncias de poder. Estamos nas ruas em defesa das nossas vidas, pelo nosso direito de existir. E contra o feminicídio. Fora Bolsonaro. E leve o Zema junto”, afirmou Cristina Del Papa, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes).

“Nossas lutas não se resumem a apenas um dia, embora reconhecemos a importância da data. Elas se desenvolvem todos os dias, a toda hora. Temos que expulsar Bolsonaro e Zema. E também eleger mais mulheres”, analisou, em sua fala, a vereadora de Contagem Moara Saboia (PT).

 “Hoje demos o exemplo de ocupar as ruas em defesa de nossas vidas e dos nossos direitos. Fora Bolsonaro e fora Zema. Governos que matam a juventude e periférica deste país. Cada negro que é morto, é uma mulher negra que chora. Essa necropolítica faz parte do projeto neoliberal, que ataca diretamente a vida das mulheres, que precisam de muita organização, mobilização do povo e unidade para dar um basta nisso. Por um projeto mais digno que seja conduzido por nós, pelo povo. Viva a luta das mulheres”, afirmou Camila Morais, do Levante Popular da Juventude.

Dia 11 de março - Live CUT Minas: O machismo e suas consequências na vida das mulheres*

Nesta sexta-feira, 11 de março, às 19 horas, assista a Live CUT Minas!

Março é o mês de luta das mulheres e a CUT Minas realiza essa live para debater sobre os impactos dessa cultura machista na vida das mulheres e que só tem aumentado nesse desgoverno Bolsonaro.

Na Live da sexta-feira, dia 11, a CUT Minas, através de sua Secretária Geral Lourdes Aparecida, receberá Lucimar Gonçalves (Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Minas), Denise de Paula Romano (Coordenadora Geral do SindUTE-MG),  Cristina Del Papa (Coordenadora Geral do Sindifes),  Eliana Brasil (Diretora do Sindicato dos Bancários) e a Deputada Estadual Beatriz Cerqueira (PT/MG).

Não perca esse importante debate!

Assista, ao vivo, pelo Facebook da CUT Minas

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