Escrito por: Sindieletro/MG
Dirigentes indicados por Romeu Zema (Novo) estão retaliando trabalhadoras e trabalhadores que estão participando das atividades sindicais nas portarias
Desde o anúncio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em abril deste ano, sobre a intenção de atacar o plano de saúde de eletricitárias e eletricitários, a categoria se movimentou intensamente para que as mudanças não ocorressem. O combo de precarização e retirada de direitos apresentado pela gestão uniu aposentados e ativos, e não deu outra: conseguimos suspender as alterações. E o resultado dessa união, é claro, não agradou a gestão atual.
Dirigentes indicados pelo governador Romeu Zema (Novo) estão retaliando os trabalhadoras e trabalhadores que estão participando das atividades sindicais nas portarias, durante o horário de trabalho. As denúncias que recebemos apontam corte de horas e ameaças de punições piores em caso de reincidência.
Eles sabem que essa união é crucial para a defesa da categoria eletricitária. Não é preciso refletir muito para lembrar que nossas mobilizações garantiram não só a suspensão das mudanças na Cemig Saúde, mas também a abertura da Comissão ParIamentar de Inquérito (CPI) da Cemig, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em junho deste ano.
Este contato direto entre os trabalhadores e trabalhadoras – respeitando todas as medidas de prevenção à covid-19 –, o olho no olho, o debate aberto e a exposição de nossas insatisfações foram a chave para as recentes conquistas. Foram vários dias de luta, com mobilizações em todo o Estado, da Norte à Mantiqueira. Sabemos de nossa responsabilidade em continuar fiscalizando as atividades da gestão da Cemig, denunciando e reivindicando nossos direitos sempre que for necessário.
Não seremos reduzidos a custos pós-emprego: somos parte fundamental da história e do funcionamento da Cemig. Gestores que não conhecem e não respeitam a estatal podem tentar, mas não conseguirão nos calar.
Não deixaremos que ameaças nos paralisem: vamos seguir acompanhando os trâmites da CPI e defendendo não só a Cemig Saúde, como a Forluz e nossos Acordos Coletivos. Estamos atentos, vigilantes e muito unidos. Não aceitaremos os ataques do governo do Estado, pois sabemos que nossa voz é uma só e soa alto: a Cemig Saúde é nossa!