Escrito por: CUT/MG
Paralisações por tempo indeterminado são protestos contra demissões em massa, sucateamento e privatizações de empresas públicas e estatais e contam com o apoio de toda a base CUTista no Estado
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda a base CUTista no Estado se solidarizam com o movimento das petroleiras e dos petroleiros de todo o país e com trabalhadoras e trabalhadores da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). As categorias deflagraram greve por tempo indeterminado em protesto contra demissões e pelo emprego. A partir das 23h30 desta sexta-feira, 31 de janeiro de 2020, petroleiras e petroleiros paralisam as atividades em protesto contra a demissão em massa e sem negociação de mil trabalhadoras e trabalhadores, efetivos e terceirizados, da Araucária Nitrogenados (FAFEN-PR). A decisão do fechamento da fábrica, pela gestão da Petrobras sob o governo de Jair Bolsonaro, é mais um dos ataques, que vêm sendo feitos, progressivamente, aos direitos e às conquistas da classe trabalhadora. Na Dataprev, a luta é contra o fechamento de 20 regionais, anunciado pela empresa.
As greves na Petrobras e na Dataprev são ações de luta e resistência, que contam com o apoio de todas as categorias, numa corrente de solidariedade e combatividade da classe trabalhadora para barrar o retrocesso e as demissões, que fazem parte de um projeto ultraliberal de privatizações e dilapidação da soberania e do patrimônio do povo brasileiro.
A demissão em massa em Araucária, no Paraná, é apenas uma amostra do desrespeito da gestão bolsonarista da Petrobras em relação ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), firmando com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), tanto no que diz respeito aos fóruns de negociação, quanto à cláusula que protege os trabalhadores de demissões arbitrárias. A direção da Dataprev anunciou um plano de fechamento de 20 regionais e de demissão de 15% do efetivo nacionalmente.
Para a CUT/MG, é o momento de unir forças e lutar contra o sucateamento de empresas públicas e estatais, as demissões e a posterior privatização. É hora de fortalecer a unidade e resistir.