Escrito por: CUT/MG

CUT/MG apoia a greve de educadoras e educadores públicos municipais de BH

O prefeito Alexandre Kalil deveria reconhecer que os profissionais da educação lutam para preservar vidas, o que, sem dúvida, é também responsabilidade dos governantes e de todos nós

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda a base CUTista se solidariza com o movimento de trabalhadoras e trabalhadores do ensino público municipal de Belo Horizonte e com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sindi-Rede/BH). A categoria entrou em greve sanitária na última segunda-feira, 26 de abril, para protestar contra decisão do prefeito Alexandre Kalil do retorno às aulas presenciais.

Para a CUT/MG e sua base é um absurdo, uma desumanidade, um genocídio expor profissionais e crianças à contaminação por Covid-19 quando a pandemia atinge um momento crítico e de descontrole no Brasil, e em que o número de vítimas supera os 400 mil. E em que alcançou um índice de mais de 4 mil mortes por dia. Obviamente, não existem as condições minimamente seguras para o retorno das aulas presenciais.

Neste ano, em apenas quatro meses, morreram mais pessoas que em 2020, índice alarmante e que exige a manutenção do isolamento social e do teletrabalho para preservar vidas. A greve é, principalmente, em defesa das vidas de todas e todos. O direito a viver não vem sendo respeitado pelo desgoverno de Jair Bolsonaro, pelo governador Romeu Zema e por atitudes como a da Prefeitura de Belo Horizonte.

A CUT/MG também repudia os ataques que o prefeito Alexandre Kalil fez a educadoras e educadores públicos municipais, que chamou o movimento de “esdrúxulo e egoísta” e ameaçou a categoria com represálias. Kalil deveria oferecer o diálogo, não fazer ofensas e ameaças. Deveria reconhecer que os profissionais da educação lutam para preservar vidas, o que, sem dúvida, é também responsabilidade dos governantes e de todos nós.