Escrito por: CUT/MG
Ação arbitrária reforça a tese de que está em prática uma política de perseguição sistemática às lideranças sindicais
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) manifesta repúdio às punições efetuadas pela gerência da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, contra dois diretores do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro/MG), Gustavo Helmold e Leonardo Auim, com suspensões de 17 e 25 dias, respectivamente. A Central manifesta também apoio e solidariedade aos trabalhadores punidos.
As punições se referem ao período de atuação dos petroleiros como representantes eleitos dos trabalhadores na CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da Refinaria. As suspensões são um grave ataque à atuação independente dos trabalhadores por meio da CIPA em torno da defesa da saúde e das condições de trabalho seguras para a categoria, como previsto em lei.
O ataque autoritário e injusto da atual gestão da Petrobras é também um golpe sobre a representação legítima dos trabalhadores, justamente em um momento em que o governo Bolsonaro tenta avançar com a venda da Regap, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir a continuidade do processo de privatização.
As punições reforçam a tese de que está em prática uma política de perseguição sistemática às lideranças sindicais, ação arbitrária para minar a resistência da categoria, intimidar e ameaçar trabalhadoras e trabalhadores da Petrobras.
A CUT/MG e toda a sua base manifestam apoio e solidariedade aos dirigentes sindicais, que são fundamentais, tanto na defesa de um lutador quanto na resistência ao processo de privatização. Ao atacar um trabalhador, a direção da Petrobras ataca a toda a classe trabalhadora.
Barrar essa punição significa o fortalecimento da luta contra a privatização da Petrobras e o fortalecimento dos trabalhadores das refinarias, que não estão sozinhos nessa luta.
A CUT/MG e seus sindicatos se posicionam ao lado de toda a categoria petroleira e apoiará o Sindipetro/MG na denúncia e mobilização política e jurídica contra a essa postura inaceitável dos gestores da Petrobras.
Chega de repressão contra a classe trabalhadora!
Pelo reversão de todas as punições políticas!