Escrito por: Lucas Ragazzi / O Fator

O freio na inclusão da Gasmig na PEC do fim do referendo da Copasa

Lideranças da Assembleia debatem se substitutivo que incluiu empresa de gás em mudança constitucional será considerado

Willian Dias/ALMG

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), Tadeu Leite (MDB), pediu a deputados estaduais, nesta terça-feira (28), que a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) não seja incluída, por ora, na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira a necessidade de referendo popular para a venda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

A Gasmig consta em um texto substitutivo da PEC, apresentado mais cedo por Gustavo Valadares (PSD), relator da proposta em uma Comissão Especial. O parecer de Valadares ainda não foi votado pelo colegiado. Portanto, há tempo para que o pedido de Tadeu seja aceito ainda durante a tramitação na comissão.

A PEC que elimina a consulta pública prévia à venda da Copasa foi aprovada em 1° turno na semana passada. A análise da Comissão Especial é a última etapa antes da votação em 2° turno no plenário.

Como O Fator já mostrou, a inserção da Gasmig no texto vinha sendo debatida nos bastidores da Assembleia ainda durante a análise da proposta em 1° turno. Nas contas de interlocutores do setor de gás, a venda das ações estatais na empresa poderia render algo em torno de R$ 1 bilhão.

A PEC diz que a dispensa do referendo, tanto para a Copasa quanto para a Gasmig, está condicionada ao aporte integral dos recursos obtidos com a transação no refinanciamento da dívida mineira junto à União.

Há a possibilidade de uso dos recursos para o pagamento de parte do débito, bem como no cumprimento de obrigações atinentes ao acordo, como os investimentos em infraestrutura previstos pelo Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag).