Escrito por: Sindipetro-MG

Petroleiras e petroleiros de Minas aprovam greve em defesa de empregos e direitos

A categoria protesta contra a demissão em massa e sem negociação de mil trabalhadores, entre efetivos e terceirizados, da Araucária Nitrogenados (FAFEN-PR).

Petroleiros e petroleiras de Minas Gerais aprovaram greve por prazo indeterminado, a partir das 23h30 do dia 31 de janeiro. A categoria protesta contra a demissão em massa e sem negociação de mil trabalhadores, entre efetivos e terceirizados, da Araucária Nitrogenados (FAFEN-PR). O anúncio de fechamento da fábrica despertou indignação em todo o país, representando a gota d’água de uma série progressiva de ataques a direitos cometidos pela gestão da Petrobrás sob o governo Bolsonaro.

A pauta também exige a retomada das negociações sobre diversos temas que afetam negativamente a rotina dos trabalhadores, como tabelas de turno e interstício, e estão sendo tratados de forma unilateral pela gestão da empresa.

As assembleias para votar a greve já foram realizadas na maioria das bases do Sistema Petrobrás no país e serão concluídas nesta terça-feira, 28. A paralisação deve chegar a mais de 20 unidades da federação.  Em Minas Gerais, as votações na Regap, Termelétrica de Ibirité e Pbio, em Montes claros, aprovaram a paralisação por 86%.

De acordo com o diretor do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori, a categoria não vai ficar só na revolta. Para ele, as assembleias têm apontando para uma greve forte e coesa em todo o Sistema. “A categoria demonstra mais uma vez sua disposição para a luta. Minas Gerais está pronta para iniciar mais uma grande batalha em defesa dos empregos e direitos dá categoria petroleira”, afirma o diretor.

Acordo Coletivo de Trabalho

A demissão em massa em Araucária, no Paraná, é apenas uma amostra do desrespeito da gestão bolsonarista da Petrobras em relação ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), firmando com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), tanto no que diz respeito aos fóruns de negociação, quanto à cláusula que protege os trabalhadores de demissões arbitrárias.

Esse não é um caso isolado de descumprimento de acordos pactuados com os trabalhadores. Exemplos não faltam: tabela de turno, banco de horas, hora extra na troca de turno, relógio de ponto, interstício total, PLR, mudanças na AMS, transferências arbitrárias de trabalhadores. Tudo isso, vem na esteira do anúncio de privatização de oito refinarias e desinvestimentos. Deixando claro que o projeto é desmantelar o sistema por completo e deixar a deriva os trabalhadores e suas famílias.