Escrito por: Rogério Hilário, com informações da FUP e Sindimetro/MG

Petroleiras e petroleiros exigem suspensão de privatizações e saída de bolsonaristas

Categoria paralisam as atividades e realizam assembleias para aprovação de estado de greve retomada do processo de venda de ativos da Petrobras

Sindipetro/MG

Petroleiras e petroleiros protestaram contra a retomada do processo de privatização encaminhado pela diretoria executiva da Petrobras ao Conselho de Administração (CA) da empresa. A manifestação aconteceu durante assembleia da categoria realizada na manhã desta sexta-feira, 24 de março, na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na atividade, trabalhadoras e trabalhadores aprovaram estado de greve.

No ato, organizado e coordenado pelo Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG), a categoria contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), representada pelo seu presidente, Jairo Nogueira Filho, e de movimentos sociais.

O documento enviado pela diretoria ao CA aconteceu duas semanas após o Ministério das Minas e Energia (MME) pedir à Petrobras a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos da empresa, para análise e avaliação.

Trabalhadoras e trabalhadores da Regap aderiram, nesta sexta-feira, a uma paralisação nacional convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). A mobilização aconteceu em todo o Brasil para exigir a suspensão das privatizações e a saída da gestão bolsonarista. A manifestação também denunciou que a diretoria e o Conselho de Administração da empresa ainda seguem ocupados por indicados de Bolsonaro.

Ao retomar a venda da Lubnor, no Ceará, e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, a Petrobras vai na contramão da orientação dada pelo governo Lula, via Ministério das Minas e Energia, para que a empresa interrompa todas as privatizações. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos já acionaram o governo para que cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados da União no CA a votarem pela suspensão das privatizações.

Durante a paralisação desta sexta-feira, os sindicatos filiados à FUP iniciaram assembleias para que os trabalhadores avaliem a aprovação do estado de greve contra qualquer tentativa de privatização de ativos da Petrobras no governo Lula. É inadmissível que os bolsonaristas sigam entranhados na gestão da empresa, inviabilizando e boicotando o programa de governo que foi aprovado nas urnas.

E, enquanto isso, continuem sendo “premiados” pelo PPP por “facilitar” a privataria e, assim, baterem as metas que lhes garantem polpudos e imorais superbônus. Estamos falando de gestores que entregaram ativos estratégicos da Petrobrás a preço de banana, em negociações suspeitas, mas seguem ilesos e, ainda por cima, no comando da estatal.

Já passou da hora da gestão bolsonarista já ir embora. Deixem o governo Lula trabalhar.