Escrito por: Sindipetro/MG
A categoria petroleira em Minas mostrou a sua força, na manhã desta sexta, 27 de outubro, no gramado da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim e rejeitou mais uma vez por unanimidade a segunda contraproposta da Petrobrás para o Acordo Coletivo de Trabalho ACT). O Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro/MG) realizou assembleia com paralisação e ato por avanços no Acordo Coletivo de Trabalho da categoria. A mobilização seguiu o calendário de luta das entidades sindicais nacionais, programada nesta sexta para a área de refino e termelétricas.
“Apesar de alguns avanços, há pontos importantes da nossa pauta de reivindicação que contraproposta da Petrobrás não contempla. O ganho real, por exemplo, é uma importante sinalização, porém não cobre as perdas passadas”, afirmou o diretor do Sindipetro/MG, João Henrique de Souza. Ele também falou sobre outros direitos que são desrespeitados como o interstício entre jornadas. “Nossos direitos não estão à venda e a nossa segurança não tem preço”, disse.
O presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira, esteve presente no ato e convocou os petroleiros para apoiar a greve dos servidores públicos que vai acontecer no dia 7 de novembro. Ele lembrou que se o povo votar contra a venda da Cemig e da Copasa, essas empresas não poderão ser privatizadas. Por esta razão, o governador Romeu Zema tenta retirar a necessidade de referendo sobre a venda das estatais em projeto encaminhado à Assembleia Legislativa pelo governo de Minas. Haverá uma assembleia unificada de 25 categorias. Vamos fazer uma pressão muito grande contra o Zema e contamos com os petroleiros”, conclamou Jairo. O coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves, também lembrou que daqui a quatros anos haverá eleição de novo para presidente do Brasil. “É como um período entre guerras, não podemos baixar a guarda, a luta é constante”, reforçou.
O dirigente sindical João Moraes, recém-eleito como suplente para o Conselho Deliberativo da Petros, também participou do ato na Regap e agradeceu a importante votação obtida em Minas na eleição do Fundo de Pensão. Ele comparou o que Zema faz em Minas com o que o governador Tarcísio faz em São Paulo quanto às privatizações. “Desfazer privatizações é muito difícil, a BR Distribuidora, por exemplo, precisa ser retomada”, opinou. Ele ressaltou a importância da solidariedade em relação às propostas que afetam uma parte da categoria. “Além da questão do custeio, a margem consignável da AMS também é muito importante, tem gente em dificuldades por causa dos descontos abusivos”, argumentou.
Na próxima segunda (30), as mobilizações da categoria petroleira serão realizadas nas subsidiárias, com assembleia e ato marcados para acontecer na PBio, em Montes Claros, e na terça-feira (31), nas unidades administrativas. As paralisações prosseguem na quarta (01/11), com adesão dos trabalhadores das áreas de exploração e produção (E&P).